A região sedia, na próxima quarta-feira, uma das edições da oficina de pré-diagnóstico do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado. O evento ocorre a partir das 14h, na Univates, sob organização da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema).
O objetivo é apresentar resultados preliminares apurados pelo ZEE na região, e também coletar os anseios e percepções de representações locais sobre o estudo. “Queremos que as pessoas compreendam a ferramenta, onde captamos os dados, e onde serão usados. A oficina é a melhor forma de interação com as regiões”, destaca a secretária adjunta da Sema, Maria Patrícia Möllmann.
Iniciado em 2011, o ZEE ordenará o planejamento territorial do RS, por meio do apontamento de peculiaridades, vulnerabilidades e potencialidades de cada região. São levados em conta desde questões físicas até bióticas, sociais, econômicas, institucionais e jurídicas.
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“Hoje se tem o conhecimento separado em caixinhas. Enquanto o ZEE será um mapeamento unificado, com inúmeras informações.” A partir delas, o estado poderá aplicar melhor em políticas públicas específicas, que atendam as necessidades de cada região. Ao mesmo tempo, empreendedores conseguirão identificar os locais mais adequados para investir, de acordo com sua atividade.
Estudo minucioso
Maria afirma que mais de 700 tipos de dados já foram coletados, para que se obtenha essa visão minuciosa do estado. Presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, Julio Cesar Salecker, considera que o estudo possibilitará, sobretudo, uma correta utilização do recurso natural, e melhor aproveitamento do solo.
“Até hoje ocupamos o território sem avaliar suas potencialidades, sem olhar se é adequado. Hoje nós estamos às cegas nesse sentido. Não temos um limite claro, pois os planos diretor não dão essa ordenação. Com o ZEE, o mais beneficiado será o meio ambiente, e a própria sociedade”, aponta.
A previsão é que o ZEE seja finalizado em 2018. Até lá, outras três audiências devem ser realizadas na cidade. Mais uma de diagnóstico, e duas de prognóstico. Por fim, será realizado um fechamento do material em Porto Alegre. O diagnóstico integra a Política Nacional do Meio Ambiente, e será disponibilizado via meio digital.
