Audiência debate perturbação do sossego

Encantado

Audiência debate perturbação do sossego

Moradores reclamam do volume alto do som dos carros e gritarias de madrugada

Audiência debate perturbação do sossego
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Para atender a pedidos de moradores do centro, o Legislativo promoveu audiência nessa terça-feira à noite. Em 2014, a comunidade entregou um abaixo-assinado ao Ministério Público solicitando providências. Em função da continuidade dos exageros, os vereadores foram procurados.

A reunião teve como objetivo encontrar medidas para amenizar as reclamações devido ao som automotivo à noite. O problema está situado na rua Padre Anchieta, onde há maior movimentação de pessoas em barzinhos, postos de gasolina e boate.

Para uma das responsáveis pelo abaixo-assinado, Clarice Maria Huning, o barulho ocorre toda a semana e atrapalha os moradores. “É um inferno. Está chegando no limite. O som é tão alto que parece que o coração vai arrebentar”, enfatiza.

“Moro faz 40 anos no centro e faz 13 que não temos paz. Não conseguimos dormir. Ninguém aqui é contra os jovens, mas gostaríamos de um resposta efetiva para solucionar essa situação”, diz o morador Bernardo Katz. Segundo ele, a Brigada Militar sempre se fez presente e atendeu aos chamados.

Relataram também que os jovens jogam garrafas de bebida na rua e em frente a casas e estabelecimentos comerciais fazendo com que os proprietários precisem recolher os lixos e limpar as calçadas. Outro morador, Anilo Turatti, acrescentou que o policiamento é a melhor solução, pois quando passa uma viatura tudo se acalma.

Campanha de conscientização

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Encantado, Nei Di Domênico, a melhor solução seria uma campanha educativa. “Devemos partir de uma campanha educativa para tentar conscientizar essas pessoas. Muitas dessas situações vêm dos valores morais e dos limites aprendidos em casa”, menciona.

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Conforme o capitão da Brigada Militar, Marcos André Cíceri, a corporação vem atuando sob o aspecto administrativo com a retenção do veículo e também aplicação de multas. “Esse é um problema de educação. Tem que haver uma razoabilidade. As pessoas precisam largar o individualismo e se conscientizar de que um não pode incomodar o outro”.

O prefeito Adroaldo Conzatti enalteceu o respeito. “É preciso uma conscientização de todos. O jovem terá que ter o seu lazer e as pessoas que trabalham e os idosos, o seu descanso. É uma questão de contribuição de todos”, disse. Sugeriu debater com os empresários sobre o horário de funcionamento.

Entretanto, donos de um posto de gasolina destacam que estão gerando impostos e emprego e não concordam com limitação de horário, mas de campanhas educativas. Eles alegam que as algazarras são feitas nas ruas e não nos estabelecimentos.

O vereador Moacir Tramontini (PTB) mencionou que na Lagoa da Garibaldi também há reclamação de moradores em função de barulho. Celso Cauduro (PMDB) sugeriu que as pessoas filmem e enviem para a Brigada Militar as imagens.

Ficou decidido que a câmara de vereadores irá elaborar cartilhas de conscientização e nos próximos dias uma ação conjunta de distribuição será realizada, provavelmente nas sextas-feiras e sábados à noite. Segundo a presidente da câmara, Jaqueline Taborda (PDT), se não houver uma solução com essa medida, outras reuniões serão realizadas pelo Legislativo.

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