Agroindústrias buscam certificado nacional

Vale do Taquari

Agroindústrias buscam certificado nacional

Mapa é aguardado em Lajeado para auditorias no Sistema de Inspeção Municipal

Agroindústrias buscam certificado nacional
Vale do Taquari
oktober-2024

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag) busca agilizar o processo de adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Faz pelo menos três anos que a Administração Municipal de Lajeado trabalha para possibilitar que agroindústrias possam vender para todo o território nacional.

Com a autonomia para certificar pelo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf) garantida em março, a nova classificação sanitária está mais próxima, acredita o secretário da Sedetag, Douglas Sandri. “Já temos empresas muito empenhadas para isso”, adianta.

Segundo ele, a secretaria reestruturou a equipe do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). O objetivo é elevar a fiscalização sobre as agroindústrias, com o objetivo de garantir maior competitividade diante das grandes empresas e multinacionais que também atuam no setor de alimentação.

“O Suasa é um grande desafio. Poucos municípios têm em todo o país. Precisamos elevar os níveis de fiscalização. É preciso tratar com uma seriedade diferente. Queremos que o Mapa venha realizar as auditorias para liberar o Suasa. Nos estruturamos para isso”, acrescenta o secretário.

Hoje, segundo Sandri, o município tem três agroindústrias certificadas pelo Susaf: Recanto do Vale, Gaúchos Carnes e Frigorífico Dieter. Todas estão aptas a vender para todo o estado e dentro do município. Já pelo SIM, são 12 empresas já certificadas. Essas só podem vender produtos em Lajeado.

“Destes 12 certificados pelo SIM, um pelo menos já está em processo avançado de adequação para entrar no Susaf. E outros dois já demonstraram interesse.”

Mais rigor na fiscalização

De acordo com a coordenadora do SIM, Bruna Salles, o município precisa mostrar equivalência à Cispoa, órgão de fiscalização estadual.

Nessas auditorias, visitam os estabelecimentos sob SIM, a sede da coordenadoria do serviço, para verificar todos os registros e determinar se, de fato, o governo municipal tem o controle necessário para se tornar apto a elevar o nível de classificação sanitária.

“O município entrou no Susaf em janeiro, ainda estamos em período de adaptação. Isso nem sempre é fácil, mas a qualidade do produto tem que ser sempre o foco.” As empresas que aderiram ao Susaf já passam por um sistema de fiscalização mais rígido. Segunda Bruna, muda pouco em relação a exigências estruturais.

“O que muda é que ficamos mais de olho nos prazos, na qualidade do produto, nos registros que eles precisam fazer. Temos que fazer visitas e vistorias mais seguidas. Mas não se pede nada a mais da legislação normal que já precisavam seguir.”

Em Estrela, a luta pelo Susaf

De acordo com o secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun, existem 13 estabelecimentos credenciados pelo SIM. Em abril alguns foram interditadas após fiscalização. Sobre o Susaf, a intenção, conforme Braun, é habilitar a primeira agroindústria em até 40 dias. É uma empresa que atua no ramo de carne e embutidos.

Conforme ele, o município já encaminhou toda a documentação necessária ao Governo do Estado para solicitar a habilitação do Susaf. “Faltavam algumas providências a serem tomadas pelas agroindústrias, que estão sendo tomadas agora. Quando estiverem em condições, atendendo os padrões, solicitaremos uma auditoria da Secretaria da Agricultura para viabilizar a habilitação.”

Reitera que o processo poderá ser feito individualmente e permitirá que as agroindústrias familiares comercializem em todo o território gaúcho. Sobre o Suasa, o secretário informa que o foco ainda é a habilitação pelo Susaf, mas não descarta a possibilidade de credenciar os empreendimentos no futuro, para que possam vender para todo o país.

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