Depois de enfrentar problemas com a exumação de restos mortais, o município tem novo dilema em relação ao cemitério municipal do Florestal. Desde segunda-feira, resta apenas uma vaga nas gavetas.
A partir da ocupação desse espaço, corpos de associados das igrejas católicas e evangélicas devem ser enterrados nos cemitérios particulares das respectivas comunidades, no Florestal. “Conseguimos uma parceria com eles. O município auxiliará com parte das despesas”, explica o responsável pelos cemitérios na Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas), Anoar Machado.
Aqueles que não são associados às igrejas serão encaminhados ao cemitério municipal do Jardim do Cedro. De acordo com Machado, 13 gavetas teriam sido reformadas, e estão disponíveis no local. “Não queríamos que isso acontecesse, porque depois, para trazer de volta ao Florestal, o período é de, no mínimo, três anos. Mas por enquanto não resta outra alternativa.” Por mês, cerca de 15 pessoas são sepultadas no município.
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Novas gavetas sem previsão
A situação será resolvida somente quando novas gavetas forem construídas no Florestal, no lugar dos túmulos dos corpos exumados. Porém, até ontem, a Secretaria da Fazenda (Sefa) não tinha previsão de quando ficará pronta a licitação da obra.
O processo foi aberto em abril, mas trâmites burocráticos impedem seu avanço. Agora, a comissão de licitação finaliza o período documental. Depois, abre prazo recursal de cinco dias. Faz analise dos pedidos, e só então marca uma data para abertura das propostas. Ocorre então novo prazo recursal, e, com tudo certo, uma empresa poderá ser contratada, e iniciar as obras.
“Vai demorar um pouco ainda. Não tem jeito”, afirma a presidente da comissão, Ana Ruschel. Doze empresas participam do certame, que prevê a construção de 256 gavetas no local.