Família relembra história da imigração

Encantado

Família relembra história da imigração

Descendentes de Teresa e Matteo Piccinini promovem encontro em Encantado

Família relembra história da imigração
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Uma volta ao passado, às origens e à história da imigração italiana. Assim os 300 descendentes de Matteo Penner Piccinini e Teresa Manari Piccinini se reuniram em Encantado no dia 20. Eles recordaram a saga da família que em 1865 veio para o Brasil.

Teresa viajou acompanhada dos filhos Maria, Joseppina, Laureta, Feliziano, Daniele, Alfonso e Germano, após a morte do marido. Eles moravam em Lavarone, atual província de Trento na Itália.

Naquela época, 134 famílias desembarcaram no Brasil, 36 tiveram como destino os estados de Santa Catarina e do RS. A família Piccinini instalou-se em Linha Figueira de Melo, Garibaldi.

“Não sabemos a origem do nome Piccinini que significa pequenino em italiano, mas sabemos que é uma família muito antiga. Já na Idade Média há registros desse sobrenome”, diz o psiquiatra Valmor João Piccinini, 75. Além da profissão e de ser professor universitário, deu continuidade ao trabalho de seu pai Hilário, que juntou um vasto material histórico da família. Valmor é tataraneto de Feliziano.

O psiquiatra mostra com orgulho a cópia das certidões de nascimento de seus antepassados, as quais ele guarda como relíquia.

Valmor mostra cópia de certidões de nascimento dos antepassados

“Meu pai era muito ligado à tradição familiar e eu herdei esse material que contém mais de seis mil personagens”, diz. Valmor nasceu em Encantado, foi criado em Bento Gonçalves e mora em Porto Alegre. Em junho foi homenageado com o diploma ao mérito Cyro Martins de Reconhecimento da Ciência e Cultura.

A cada dois anos, os “Piccininis” organizam o encontro. Esse, realizado em Encantado, foi o oitavo. Participaram pessoas de vários municípios gaúchos, além de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e também do Uruguai.

“É uma forma de manter viva a história e a saga dos antepassados”, destaca um dos coordenadores do encontro e presidente do conselho de Administração da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini.

Do Paraná para Encantado

As primas Lucila Trombini, 66, e Edorli Trombini Massareto, 67, viajaram cerca de 800 quilômetros de ônibus para rever familiares. Este é o segundo encontro da família que participam. As paranaenses são netas de Maria Piccinini, neta de Feliziano, nascida em Roca Sales em 1900.

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“É uma emoção grande e um momento de muita felicidade ver uma família tão unida e com muita fé”, diz Lucila. Ela destaca que há quatro anos começou a buscar mais informações dos antepassados e acabou por localizar uma prima em Porto Alegre, a qual sabia dos encontros.

Segundo Edorli, o primeiro contato que participaram foi há dois anos em Vista Gaúcha. “Foi muita emoção. Conhecemos muitos parentes neste dia, pois nossa avó foi morar em Seberi, no Paraná, em 1944, e acabou perdendo o contato com outros familiares”, conta. Lucila acrescenta “não vamos mais perder nenhum encontro, pois é um momento de alegria, emoção e recordações.”

Curiosidade

Segundo o psiquiatra Valmor, Sigmund Freud veraneava em Lavarone da Itália. Lá ele se hospedou em algumas ocasiões em um hotel cujo dono era um Piccinini. Há registros de que o pai da psicanálise agradecia sempre a acolhida no estabelecimento.

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