O vento forte da madrugada dessa sexta-feira, por volta das 4h, causou estragos pela região. Conforme o Núcleo de Informações Hidrometereológicas (NIH), as rajadas superaram 61 km/h. Uma das cidades mais atingidas foi Teutônia.
O Corpo de Bombeiros Voluntários atendeu 11 ocorrências. Casas foram destelhadas no bairro Canabarro.
Em um dos casos, uma árvore caiu sobre a residência, destruiu paredes e móveis. Na Linha Harmonia, o vento arrancou o telhado do vestiário no Campo de Fluminense Futebol Clube. Na ERS-128 (Via Láctea), no quilômetro 24, a queda de três árvores, duas de grande porte, obstruiu as duas pistas. No quilômetro 21, próximo à entrada para São Jacó, galhos interromperam parte da rodovia no sentido Teutônia-Fazenda Vilanova.
Acima do trevo de Wetsfália, na Rota do Sol, outra queda de árvore interditou as duas pistas. Em Linha Paisandu, o trânsito foi interrompido devido ao tombamento de uma árvore de grande porte. Outra rodovia interditada foi a ERS-419, nos quilômetros 8 e 12, onde uma árvore teve que ser cortada devido ao risco de cair sobre a pista.
Ainda em Teutônia, na rua Arnaldo Krug, a guarnição do Corpo de Bombeiros registrou a ruptura de cabos da rede elétrica, também em função da queda de uma árvore. O local foi isolado pela equipe da empresa de energia elétrica.
Conforme a 8ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (Crepdec), em Arroio do Meio, Lajeado, Estrela, Venâncio Aires, Colinas, Cruzeiro do Sul e Teutônia, houve atendimentos, entre queda de árvores, postes de luz, interrupção de vias e destelhamentos.
Na maioria dos municípios, a Defesa Civil local e as equipes das secretarias municipais e dos bombeiros atenderam ocorrências desde a madrugada e ao longo do dia.
Susto em Cruzeiro do Sul
A agricultora de Picada Aurora, Ágatha Zarth, acordou assustada por volta das 4h30min. Um poste de energia caiu sobre o galpão onde cria suínos e gado leiteiro. Em seguida, o filho contatou com a RGE Sul, para solicitar o desligamento da rede. “Ficou aquele poste energizado. Poderia ter matado os bichos”, afirma.
Segundo ela, passaram mais de cinco horas até a concessionária desligar a eletricidade. “Eu não pude fazer a ordenha das vacas, pois nos orientaram para não se aproximar até as equipes chegarem.”
