Lula, Dilma, Temer, Aécio e Cia protagonizam a maior tragédia nacional pelas mentiras e negações
O maior golpe existente no Brasil hoje atinge a ética e a dignidade. É um sujo falando do outro. Raposões enlameados tentam sair do esgoto alegando inocência. Um triste e trágico momento da política brasileira, em que a mentira e a enganação não têm fronteiras. Se multiplicam mesmo em meio às provas e avanço das investigações.
Paulo Maluf (PP) realmente deixou seu “legado”. De tanto repetir “eu não sei de nada”, o paulista ainda se elegeu sucessivas vezes, com o voto de fanáticos e desiludidos. Mas a turma do título acima – e têm muitos outros – tenta ampliar essa capacidade na maior cara de pau.
À medida que a Lava-Jato avança, fica mais cristalino o esquema de corrupção no qual participavam PT, PMDB, PSDB, PP e todos os partidos das bases aliadas nas últimas décadas no poder.
As siglas nanicas só não aparecem entre os investigados por que não estavam no comando. Não tiveram chance de botar a mão na grana. Do contrário, a história tem a resposta.
O sistema político brasileiro está falido. A reforma mais necessária, urgente e sanitária é a da política.
Infelizmente, não resta menor legitimidade dos atuais expoentes nacionais para fazer isso. Eles perderam completamente a capacidade de mudar qualquer coisa para melhor.
Ainda assim, não podemos profanar a tudo e a todos, nem invocar cegamente a volta de um sistema totalitário, em que a liberdade sequer é discutida. Os extremismos nunca foram saudáveis.
A democracia e a imprensa livre permitem ao povo brasileiro tomar conhecimento das sacanagens. Num governo repressivo, até pensar é perigoso. Os exemplos sobram no planeta.
A esperança está em parcela do Ministério Público e do Judiciário não corrompida pelo sistema.
Reformas ameaçadas
O trabalhador brasileiro – não dependente de benesses públicas – sabe que reformas são necessárias. Diferente, castas organizadas berram e não querem perder históricos benefícios acumulados às custas de uma população fustigada.
Ainda que os sindicatos ou associações de classes sejam importantes para o equilíbrio negocial, o exagero de grupos seletivos interessados apenas no próprio umbigo contribui para a discórdia reinante.
De um lado, grande parte de políticos corruptos e seguros da impunidade faz conchavos com megagrupos econômicos. Do outro, castas do funcionalismo público – lideradas por sindicatos orgânicos – manobram negociações num jogo de interesses. Às margens, está a maioria do povo.
O maior exemplo é a atual reforma seletiva da Previdência, a qual afeta apenas parte da população. As castas poderosas e organizadas conseguem negociar sua exclusão. Os políticos também preservam suas benesses. E, se elas não saírem, os privilégios se mantêm, conforme à minoria convém.
Esse é o Brasil. Um sistema arraigado no coronelismo de castas, desde a sua colonização. O trabalhador – seja empregado ou empregador – trabalha e paga a conta.
O resultado é uma carga tributária cada vez mais voraz. Reflete em desemprego e precariza as condições de quem já está indefeso. Ser pequeno ou médio empregador no Brasil fica difícil. Ser funcionário não é diferente, pois o desemprego bate à porta.
A terceirização foi um avanço, menos aos sindicatos. A reforma da Previdência é uma necessidade, mas não seletiva. A trabalhista, idem. A tributária e a política são as mais urgentes, mas essas, provavelmente, a minoria também tentará impedir. E assim seguimos.
Então, qual é a saída?
Eis a reflexão. Não existe milagre capaz de pôr fim à sangria instaurada, nem salvador da pátria. O problema nasce da própria sociedade, fruto da falta de educação e cultura. Na maioria das vezes, começa em casa, ao não ensinarmos a verdade aos filhos, ou quando reprimimos o professor que impôs limites.
Coisas simples, como jogar lixo ao chão, pegar o jornal do vizinho sem permissão ou mesmo desinteressar-se pelo espírito colaborativo, são hábitos comuns.
A individualidade e a sensação do salve-se quem puder é o maior desengano, pois na desorganização e falta de consciência da maioria as minorias avançam.
Por isso insisto. Temos de começar por nós mesmos. O caminho é lento, mas talvez o único capaz de provocar mudanças estruturais na nossa sociedade.
E, em relação às desilusões politicas atuais, não acreditar na lorota dos maus profetas é um bom começo. Canalhas mentirosos ou salvadores absolutistas só servem para atender ao próprio interesse. Mentir pode ser tão danoso quanto matar.
Maluf já foi o maior. Hoje a praga se multiplicou. Lembrar isso em 2018 pode ajudar!