O Teatro Univates foi palco de debate sobre ética na quarta-feira, 17. A atividade fez parte do 7º Simpósio Interdisciplinar de Saúde e Ambiente (Sisa). Foi coordenada pelos professores Marialva Sinigaglia e Fabiano Basso.
Doutora em Genética e Biologia Molecular (UFRGS), Marialva Sinigaglia debateu a ética na pesquisa oncológica e genética. A pesquisadora trouxe uma reflexão a respeito da integridade dos estudos. “Universidades e agências de fomento deveriam insistir na ética, destacá-la aos alunos.”
Marinalva trouxe exemplos de artigos fraudulentos e citou o caso da Fosfoetanolamina, substância conhecida como “pílula do câncer”, que não foi regulamentada. “O estudo não atende aos requisitos fundamentais para tornar eticamente aceitável o teste clínico de um novo medicamento.”
Mestre em Educação Física (Ufes) e voluntário da Nova Acrópole, Fabiano Basso falou sobre o tema de forma descontraída e interativa. Ele trouxe aos estudantes debates sobre a busca dos próprios objetivos. “O problema é que estamos buscando fora o que já está aqui dentro.”
O professor destacou que a ética profissional tem forte relação com o modo de vida. Segundo ele, é mais fácil seguir preceitos éticos quando somos observados. “Se tirarmos essas normas, continuaremos éticos?”
O evento seguiu ontem pela manhã, com a apresentação oral de trabalhos selecionados. À noite, uma mesa debateu o “Comitê de Ética em Pesquisa”. Após a atividade, o CTG Querência apresentou o Projeto Cultural Querência, Andança, Arte e Cultura, espetáculo que retrata bailes de estância do fim do século XIX.