A Corsan terá 20 dias para apresentar uma solução ao problema de abastecimento de água em Santa Rita. O local é uma das três áreas previstas para receber ampliação da rede.
A extensão faz parte dos itens descumpridos pela estatal no contrato firmado com município. Pelo menos 85% das obras previstas não foram executadas. Pelo contrato, a estatal deveria ter feito a ampliação na localidade dentro de 18 meses, desde a assinatura do contrato, em 2014.
Para tentar resolver o problema de abastecimento, uma reunião mediada pelo Ministério Público determinou prazo de 60 dias para companhia garantir fornecimento de água potável na localidade. De acordo com a advogada Fernanda Goerck, o município sugeriu que a estatal fornecesse água com um caminhão-pipa aos moradores.
O assunto foi abordado pelo vereador Marco Aurélio Wermann (PV) na sessão da câmara. Como a ampliação da rede de abastecimento pode levar um tempo maior para ser executada, um acordo determina que sejam instalados reservatórios provisórios no local. Caso a Corsan descumpra o combinado, uma ação civil pública deve ser movida.
Segundo Fernanda, os moradores da localidade ingressaram com um inquérito civil para tentar resolver o problema.
Investimentos
O impasse envolvendo o descumprimento dos itens contratuais pode resultar na rescisão do contrato assinado em 2014. A companhia deveria investir R$ 65 milhões da ampliação da rede de abastecimento em três áreas de expansão do município, tratamento de esgoto e substituição de redes precárias.
Município busca solução
Desde março, o Executivo busca um mecanismo para pressionar a estatal a atender itens do contrato. Em abril, a Corsan apresentou um novo estudo. Dados passam pela análise da Secretaria de Meio Ambiente. Informações serão levadas para avaliação em audiência pública.
Relembre
O acesso à água impacta no orçamento dos moradores de Santa Rita. O fornecimento de parte das famílias ocorre por meio de uma fonte. Quando chove, a água que chega às torneiras é turva.
A alternativa para alguns moradores é comprar água mineral. Parte do fornecimento é feita com água de poços artesianos. No ano passado, o A Hora relatou história de moradores que não tinham recursos para aderir à rede de abastecimento.
Em julho de 2016, a reportagem narrou a história de Adélia Vargas, 59, e da filha, Jocieli, 24, e de outros moradores da localidade. A compra de água mineral é a única alternativa para consumo nas casas delas. No verão de 2015, gastaram mais de R$ 300 mensais na aquisição de água.
Na época, a Corsan aguardava liberação do Dnit. A rede passaria na área de domínio do departamento.