Governo confirma regionalização de partos

Vale do Taquari

Governo confirma regionalização de partos

Somente seis hospitais da região serão autorizados a realizar os procedimentos

Governo confirma regionalização de partos
(foto: arquivo/A Hora)
Vale do Taquari

A Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) aprovou em reunião na Secretaria Estadual da Saúde a proposta de regionalização de partos. Com a medida, apenas seis hospitais da região serão autorizados a fazer os procedimentos.

De acordo com o coordenador da 16ª CRS, Ramon Zuchetti, a mudança segue recomendação do governo federal e visa qualificar a atenção à saúde da gestante e do recém-nascido, além de reduzir os índices de mortalidade infantil.

Segundo ele, com a aprovação, o governo gaúcho exigirá a realização de, no mínimo, 365 partos por ano para a casa de saúde manter o procedimento. Passa a ser obrigatória a disponibilidade de obstetra, pediatra, anestesista e enfermeiro.

Os hospitais do Vale do Taquari que atendem as especificações estão em Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado, Arroio do Meio e Taquari. Conforme Zuchetti, a alteração completa no sistema depende de negociações que iniciam nas próximas semanas.

De acordo com o coordenador, em dado momento, todos os 20 hospitais existentes na região fazem partos, alguns deles menos de cinco por ano. Lembra que as casas de saúde de Roca Sales e Muçum já encerraram com os procedimentos.

O coordenador afirma que ainda será pleiteada a abertura de uma exceção para a região que engloba Progresso e Boqueirão do Leão. Segundo ele, a intenção é que ao menos um dos municípios mantenha o serviço. O propósito, alega, é facilitar o acesso desses moradores devido à distância e ao caminho sinuoso até os hospitais de referência.

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Maior segurança

Conforme Zuchetti, levantamento realizado pelo governo do Estado mostra que, quanto maior o número de partos e cesáreas o hospital fizer, menor é o índice de mortalidade. De 2004 a 2016, 72 municípios gaúchos deixaram de realizar partos em hospitais locais. Ao mesmo tempo, os óbitos infantis caíram de 21,4 para 11,2 a cada mil nascidos vivos.

Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, são realizados 140 mil partos por ano no RS. Desses, sete mil em hospitais de pequeno porte, metade por meio de convênio. A expectativa é de que cerca de 3,5 mil partos sejam transferidos para instituições regionais.

A partir da regionalização, cem municípios do RS deixarão de fazer partos. Neles, foram registrados 6.808 nascimentos em 2016, com 122 óbitos. O índice é duas vezes maior na comparação com o registrado em municípios que realizam mais de 200 partos por ano.

 

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