Lajeado tem quase três assassinatos por mês

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Lajeado tem quase três assassinatos por mês

Morto no sábado, Leonardo Kolling foi a 14ª vítima

Lajeado tem quase três assassinatos por mês
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Os cinco primeiros meses do ano são marcados pelo aumento da violência, o que pode ser verificado pelo número de assassinatos. Até o fim de maio de 2016, nove pessoas haviam sido mortas no município, enquanto até os 15 primeiros dias do mês em 2017 foram registrados 14 homicídios, uma média de 2,8 crimes por mês.

A última vítima foi o servente de pedreiro Leonardo Luiz Kolling, 20, morto nas proximidades da escola D. Pedro I, no bairro Jardim do Cedro. Ele foi morto por volta das 22h30min quando se dirigia à casa da namorada.

Investigações iniciais apontam para duas hipóteses, vingança ou crime passional. Os primeiros levantamentos feitos pela Polícia Civil (PC) mostram que Kolling não tinha ligações com facções criminosas. De acordo com o delegado Juliano Stobbe, responsável pelo caso, ele tinha passagens por crimes de pequena relevância.

Kolling foi morto com diversos disparos de pistola .380. Os vizinhos que moram próximos afirmam que não viram movimentação de carros nem de pessoas no local, apenas escutaram o barulho dos tiros e logo depois encontraram o corpo do jovem.

Disputa pelo tráfico

Stobbe mostra preocupação com o crescimento de assassinatos no município. Na avaliação dele, a venda de drogas é o principal motivo. “Muitos se relacionaram com o tráfico de drogas, e infelizmente, foi uma tendência este ano com o crescimento do tráfico e da disputa por pontos de venda.”

Entretanto, não é apenas o tráfico que tem feito vítimas neste ano, já que muitos dos homicídios não têm relação com a venda de entorpecentes. Mesmo assim, Stobbe descarta um crescimento na violência municipal. “Não quer dizer que a cidade, como um todo, esteja mais violenta simplesmente pelo número de homicídios.”

O delegado analisa que os crimes estão concentrados, o que causa a sensação de insegurança maior. “A onda de homicídios é cíclica, e muitas vezes fatos que poderiam acontecer de maneira mais esparsa acontecem de forma mais concentrada.”

Morte de jovens

Uma das características dos crimes cometidos em Lajeado até agora é que a maioria das vítimas é jovem e moradora de bairros distantes. É o caso de Adriel Cezimbra, morto no dia 9 de abril no bairro Santo Antônio. Cezimbra também tinha 20 anos, assim como Kolling. Ele foi morto quando estava em uma parada de ônibus próximo à escola Santo Antônio.

Poucos dias antes, Ênio e Alex Gomes foram mortos no mesmo bairro. Eles foram atacados em casa por homens armados que chegaram de carro.

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