Polícia e SES investigam morte de bebê na UPA

Lajeado

Polícia e SES investigam morte de bebê na UPA

Primeira perícia terminou sem resultados

Polícia e SES investigam morte de bebê na UPA
Lajeado
oktober-2024

A morte do pequeno Guilherme Marinho da Silva será averiguada pela Polícia Civil (PC) e pela Secretaria da Saúde (SES) de Lajeado. A criança, de 1 ano e seis meses, deu entrada na emergência da UPA às 17h55min de segunda-feira, 8, com uma crise convulsiva e febre. Após receber os primeiros atendimentos, morreu cerca de uma hora e meia após.

De acordo com a Polícia Civil (PC), o menino foi medicado com antibióticos para controlar a convulsão e a febre. Entretanto, a medicação não teve efeito e o quadro evoluiu para uma crise cardiorrespiratória, que causou a morte da criança. O corpo foi encaminhado para perícia no Instituto Médico Legal (IML).

Responsável pela investigação do caso por parte da PC, o delegado Juliano Stobbe diz que o resultado da perícia foi inconclusivo.  “Não foi possível verificar se o medicamento dado para a criança durante o atendimento foi responsável pela morte.”

O medicamento citado por Stobbe é o antibiótico aplicado quando a criança deu entrada na UPA. Outra hipótese que circulou durante o dia de ontem é que a morte tenha sido causada por uma vacina que Guilherme recebeu. As doses são da rotina do calendário infantil. Segundo Stobbe, essa é uma das hipóteses investigadas. “Existe essa possibilidade, mas não tem como confirmar nem descartar.”

Como a perícia terminou inconclusiva, foi guardada uma amostra biológica do bebê para novas análises. “Vamos solicitar o exame pericial nessa amostra, verificar junto aos prontuários de atendimento quais os procedimentos usados e qual o quadro clínico da criança quando deu entrada.”

Análise em Porto Alegre

Por meio de nota, o secretário da Saúde, Tovar Grandi Musskopf, se manifestou sobre o caso. Ele afirma que, antes de dar entrada na UPA, o bebê sofria há 30 minutos de uma crise convulsiva.  De acordo com Musskopf, a criança já tinha apresentado o mesmo quadro em outras ocasiões.

Segundo Musskopf, um relatório do caso foi enviado à área técnica de imunização, localizada em Porto Alegre, onde será analisado. “Vamos verificar se existe relação das vacinas com o óbito, mas já fomos informados que, até então, não há descrição na literatura que as vacinas aplicadas possam ter relação com esse óbito.” A expectativa é que o resultado saia em 20 dias. O Comitê de Mortalidade Infantil Municipal avalia o histórico do bebê, e deve apresentar um parecer em até 120 dias.

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