Empresários criticam concessão  e querem alternativa ao pedágio

Vale do Taquari

Empresários criticam concessão e querem alternativa ao pedágio

Debate ocorreu durante assembleia do Codevat sexta-feira

Empresários criticam concessão  e querem alternativa ao pedágio
Vale do Taquari
oktober-2024

Empresários e representantes políticos da região reiteraram posicionamento contrário a concessão da BR-386. Para eles, o Grupo de Trabalho criado para discutir a proposta não demonstra o desejo da região durante os encontros.

“O grupo está discutindo a possibilidade e a viabilidade. Mas não está debatendo o que o Vale quer. Nós não queremos pedágio. Estamos fazendo papel de ingênuos, porque a concessão vai acontecer com ou sem discussão”, disse o vereador Leandro Mariante, de Taquari.

As críticas foram feitas durante assembleia do Codevat, na tarde de sexta-feira. O encontro foi chamado pela presidente da entidade, Cíntia Agostini. A intenção foi esclarecer e mostrar  o que foi discutido e as mudanças propostas ao projeto. O encontro teve objetivo de buscar novas sugestões para nova reunião do grupo de trabalho que ocorrer na próxima semana dia 11, em Porto Alegre.

Nesta oportunidade, o grupo discute preço das tarifas. Eles tentarão manter valor uniforme em todas as cinco praças previstas para a rodovia.

Após a apresentação com dados sobre obras, investimentos e comparativos, empresários consideraram inviável a proposta. Na avaliação deles, são necessários investimentos na rodovia, porém o modelo de pedagiamento irá inviabilizar a manutenção de empresas no Vale.

“Nosso custo aumentará de forma expressiva. A alternativa que precisamos é dizer não ao pedágio”, disse o empresário Aquiles Giovanella. De acordo com ele, as empresas não suportam mais novos custos. “Nós passamos 15 anos pagando pedágio e nada foi feito.”

As criticas do empresário também atingiram o trabalho que a presidente do Codevat tem feito até agora. “Cíntia, Parabéns pelo teu processo de convencimento, foi excelente. Foi muito bom e você já demonstrou o lado que você está. Ao menos foi isso que você demonstrou.”, disse.

Apesar da maioria dos participantes criticarem o modelo, todos saíram em defesa dela. Um deles foi o prefeito de Estrela, Rafael Mallmann. “Ela não está defendendo nada aqui. Está apresentando o que foi discutido até agora. A decisão não vai partir dela. O projeto final será apresentado e a região poderá decidir se aceita ou não.”

Cintia disse que o comentário do empresário em relação a ela, era uma injustiça. “O que eu fiz foi representar um grupo, quando dissemos que queríamos abrir o debate. Por favor não façam isso comigo essa é a maior injustiça que você pode fazer. Eu não estou do lado de ninguém apenas da região.”

No fim do encontro, depois de várias posições contrárias e favoráveis, Cintia pediu para que o grupo aguarde o projeto final, para depois definir a postura em relação a concessão.

“Vou levar esses argumentos para reunião na próxima semana. Todas opiniões são legítimas.Vamos continuar discutindo o projeto, para nos posicionar ao final.”

PrintApresentação

Apresentação mostrou dados sobre as praças e obras previstas. Fez comparativos com o modelo anterior de concessão e com a nova proposta. Segundo Cíntia, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), afirma que não há intenção do governo federal fazer contrapartidas para viabilizar as obras previstas na proposta. “Eles consideram o trecho Tabaí – Estrela, como contrapartida.”

De acordo com ela, caso a região não aceite a concessão, a duplicação do rodovia levaria em média 57 anos para ser concluída. O dado leva em consideração o tempo que duraram as obras de duplicação do trecho Tabaí- Estrela.

Os investimentos em recuperação, conservação, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade devem ultrapassar R$ 7,9 bilhões ao longo de 30 anos de concessão.

De acordo com ela, as 14 novas obras incluídas no projeto para o trecho urbano de Lajeado e Estrela adicionaram um custo de mais R$ 471 milhões. O custo médio por quilômetro rodado deve ser de R$0,47.

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