O segundo atropelamento de ciclista na BR-386 nesta semana resultou na morte de Adão Janir Mentz, 51. O acidente aconteceu na quinta-feira à noite, no quilômetro 341,5, próximo ao acesso do bairro Bom Pastor.
Conforme o registro, o caminhão Mercedes Bens Atego, com placas de Lajeado, trafegava no sentido interior/capital quando atingiu o ciclista, que por motivo desconhecido já estava caído sobre a rodovia.
O trânsito precisou ser desviado pela via lateral para o atendimento das equipes de socorro e da Polícia Rodoviária Federal. Mentz morava no bairro Conventos e morreu no local. Chovia no momento do atropelamento.
Ciclista em estado grave
Nessa quarta-feira, Paulo Sérgio de Andrades, 44, morador do bairro Olarias, foi atingido por um automóvel quando atravessava a rodovia. Ele foi atendido pelo Samu e levado ao Hospital Bruno Born. Na tarde dessa sexta-feira, a condição clínica do ciclista era grave. Ele permanecia internado na UTI.
Atropelamento aconteceu por volta das 20h30min nessa quinta-feira em Lajeado
Melhorias nos acessos
Os acessos aos bairros lindeiros à BR-386 obrigam o governo municipal a buscar alternativas para garantir mais segurança. Conforme o responsável pelo Setor de Projetos Especiais, o engenheiro Isidoro Fornari, dois acessos serão melhorados em breve. Os trechos ficam entre os bairros Conventos, Centenário e Igrejinha.
De acordo com Fornari, a ideia é garantir uma saída mais segura do bairro à BR-386. “Vamos comprar os materiais para começar as obras.” O formato segue o modelo adotado no acesso feito ao bairro Conventos durante a gestão passada.
Por meio de parceria entre Dnit, PRF e governo municipal, foram investidos cerca de R$ 300 mil. As obras duraram 45 dias. O Executivo cedeu o material base para a construção da faixa adicional, e os servidores da prefeitura também instalaram 540 metros de meio-fio nos canteiros, fizeram transposição de postes de iluminação pública e o replantio de árvores.
Foram usados mais de 300 metros cúbicos de rachão, 320 metros cúbicos de base de brita e 540 metros de meio-fio de concreto. A pista foi modificada em um trecho de 280 metros, com alargamento de 5,5 metros.
Erro de planejamento
O uso de uma rodovia como a BR-386 como parte da malha urbana é um equívoco, afirma Fornari. “A BR acaba se confundindo com o fluxo municipal. Isso aumenta os riscos de acidente.” Para o engenheiro, é preciso construir vias laterais para segmentar o tráfego urbano dos veículos em viagens intermunicipais.
Segundo Fornari, é preciso incluir essas melhorias no projeto de concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Integramos o grupo de discussão criado no Vale para estabelecer prioridades para o município.”
De acordo com ele, no primeiro projeto apresentado pela agência, pouco se previa em termos de travessias urbanas e ligações entre bairros. “Ficaríamos com a cidade cortada pela rodovia, sem interligação entre os dois lados.”
