Centros culturais fortalecem arte e entretenimento

Cultura

Centros culturais fortalecem arte e entretenimento

Mercado passa por um período de formação de plateia, em que um dos desafios é dar opções ao público. Seja em peças clássicas ou voltadas à diversão.

Centros culturais fortalecem arte e entretenimento
Vale do Taquari

O aumento da oferta de eventos nos últimos anos amplia o cenário cultural da região. Por meio do investimento de entidades públicas e privadas, cidadãos do Vale têm cada vez mais acesso a espetáculos teatrais, de dança, música e também no cinema.

Antes presente só em feiras comerciais, essa multiplicidade de shows e apresentações artísticas agora faz parte do cotidiano. As atrações são diversas. De locais a shows internacionais. De entretenimento à arte, elas têm como objetivo comum cativar o público e assim formar plateia.

Inaugurado em agosto do ano passado, com 543 lugares, o Teatro Ceat é um dos espaços que abre as portas para a esses eventos. “Acreditamos que como instituição de ensino possuímos este papel de promover a arte, inclusive como agente de ensino”, afirma o diretor do Ceat, Rodrigo Ulrich.

Apesar do desenvolvimento cultural da região, acredita que espaços para disseminação da arte são sempre necessários.

“A nossa região, por toda sua constituição, valoriza a cultura da arte, mas há sempre pontos a serem melhorados.” O diretor cita como exemplo a percepção que alguns alunos tiveram ao entrar pela primeira vez no local como uma demonstração da necessidade de avanços.

“Acreditaram que eram um cinema, e se entusiasmaram com isso. Acho bom. Mas acredito que, mais tarde, seja ainda mais interessante que se animem vendo que é um teatro. Que possam ter vivências que os façam valorizar mais espetáculos desse tipo”, considera.

No dia 6 de maio, a instituição inaugura o Espaço de Arte junto ao foyer do teatro a fim de dar lugar às artes plásticas. O primeiro artista a expor será Alessandro Cenci.

Plateia interessada

Desde a inauguração do Teatro Univates, há três anos, a cultura tem sido trabalhada de maneira estratégica pela instituição de ensino. Para a gerente Daniela Castro Salvador Cavagnolli, neste período foi possível perceber a maior participação da população nas atividades promovidas pela instituição.

Os principais desafios têm sido impactar as pessoas por meio da divulgação e depois chegar até o público-alvo. Na busca de encontrar o caminho correto para formar plateia, a Univates usufrui do próprio meio universitário, local por natureza voltado ao conhecimento e à cultura. Além disso, aposta na qualidade das atrações.

“A universidade é um local de trânsito, de ideias que se transformam. É, também, um local de igualdade. Procuramos oferecer atrações que promovam o pensamento crítico e a reflexão, sempre abrangendo os diferentes tipos de público que frequentam a instituição.”

Arte como ferramenta de transformação

Daniela considera que o aumento da oferta de eventos em si não é a chave para a formação cultural das pessoas. Mas sim o oferecimento de eventos com boa qualidade e que façam o público pensar sobre temas relevantes em termos de sociedade e de movimentos atuais. “O acesso à cultura é um direito de todos os cidadãos e precisamos garanti-lo.”

Ela cita como exemplo algumas peças apresentadas no teatro, como o GPS Gaza, Frida Kahlo, à Revolução; e Os Homens do Triângulo Rosa. Acredita que cultura pode também ser entretenimento, mas não deve sê-lo exclusivamente.

“A diferenciação do que é bom ou não deve partir do público e conforme suas próprias referências e visão de mundo. O que instituições como a Univates podem fazer é fornecer instrumentos para que a população de maneira geral receba atrações de qualidade, que agreguem conteúdo.”

Esforços coletivos

Gerente do Sesc, Betina Durayski aponta que, para a instituição, as principais dificuldades para formação de plateia neste momento têm sido as condições econômicas. “Muitas vezes, mesmo o evento sendo gratuito, há dificuldades de atrair o público.”

Com a criação de novos espaços e eventos voltados à cultura e entretenimento, ela acredita que seja preciso unir esforços para avançar.

“Temos público para tudo, mas precisamos planejar mais em conjunto. Criar uma rede de parcerias para fortalecer ainda mais o calendário de eventos culturais em nossa região.”

Um dos principais responsáveis pela disseminação da cultura no Vale, o Sesc aposta na diversidade da programação cultural para formar plateia.

Atenção a todos os públicos

O produtor cultural Eduardo Holmes, de Porto Alegre, traz espetáculos para a região faz cerca de 25 anos. Percebe que, neste período, o mercado local melhorou a parte estrutural, mas ainda precisa analisar as questões econômicas.

“Nesta crise, as pessoas estão escolhendo mais o que fazem. Então, devemos repassar impostos e valores de produção, mas atentar para que isso continue sendo acessível.”

Holmes acredita, também, que, para cativar as pessoas, os espetáculos precisam atender os diferentes públicos. Oferecer qualidade não só de conteúdo, mas estrutural.

Assistindo a boas produções, a plateia garante formação cultural. “Isso se aprimora durante os anos. Mas quando as pessoas têm contato com algo de qualidade percebem a diferença”, aponta.

O espetáculo Masha e O Urso, voltado ao público infantil, será apresentado no Teatro Ceat

O espetáculo Masha e O Urso, voltado ao público infantil, será apresentado no Teatro Ceat

Masha e o Urso

O Clube do Assinante do A Hora, em parceria com o produtor Eduardo Holmes, traz a Lajeado, nos dias 1º e 2 de junho, o espetáculo Masha e o Urso. É a primeira vez que a produção original do teatro infantil passa pela cidade.

A história é baseada em um conto de fadas do folclore russo. Mostra o cotidiano de uma menina de 3 anos que vive sozinha em meio a uma floresta. Ela é amiga dos animais, inclusive do Urso.

Ele age como seu responsável e, por vezes, sofre com as travessuras de Masha, que é uma criança inquieta. A peça tem origem em uma animação televisiva, que se disseminou pela internet, e também ganhou uma versão no cinema.

O estilo de comédia é similar a desenhos mudos como Pingu e Bernard, embora tenha alguns diálogos da personagem Masha.

O espetáculo tem cerca de 50 minutos. A equipe é formada por 20 profissionais. O elenco tem atores brasileiros. O texto é do inglês Adam Saibert, figurinos do espanhol Thomaz Alquino e direção técnica do brasileiro Alonso Thibes. A direção geral é de Victor Zanlorenzi.

Além de viajar pelo Brasil, o espetáculo com produção executiva de Kids Festival Entretenimento também passa por outros países da América Latina.

Saiba mais

Masha e o Urso

•Local: Teatro do Ceat

•Data: 1º e 2 de junho

•Horário: 19h30min

•Duração: cerca de 50 minutos

•Classificação: livre

•Valor dos ingressos: (compra somente em dinheiro )

•1º lote: R$ 60

•2º lote: R$ 80

•50% de desconto para assinante Jornal A Hora

•Meia-entrada para crianças até 12 anos, idosos e estudantes- mediante comprovação

•Locais de venda Multisom (centro)
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