O chefe do Departamento de Trânsito estuda a implantação de lombadas eletrônicas para substituir quebra-molas em alguns trechos. Carlos Kayser já se reuniu com representantes da empresa Kopp, de Vera Cruz, para verificar valores de locação dos aparelhos.
De acordo com Kayser, cada lombada custa em torno de R$ 2,8 mil por mês de aluguel. O preço inclui toda a manutenção necessária, explica. “A venda é inviável, segundo o próprio representante da empresa, pois os custos com a manutenção seriam altos”, avalia.
A reunião com a empresa ocorreu na semana passada. O assunto ainda não foi debatido com o Conselho Municipal de Trânsito, que ontem realizou uma pequena audiência com vereadores, na sede do Legislativo.
Hoje, conforme Kayser, são mais de 200 pedidos de quebra-molas ou redutores do tipo faixa elevada encaminhados pelos parlamentares.
Kayser já projeta ao menos dois pontos para instalação dos chamados “pardais”. Um desses ficaria em frente à Escola Estadual Érico Veríssimo, na av. Alberto Pasqualini, no bairro São Cristóvão. O segundo aparelho seria instalado na av. Benjamin Constant, próximo à esquina com a rua Sete de Setembro, entre o Florestal e o Moinhos.
Kayser reavalia mais de 200 pedidos dos vereadores por de quebra-molas
Quebra-molas sem estudo
O Conselho Municipal de Trânsito avalia mais de 200 pedidos de quebra-molas protocolados por diversos vereadores. Por mês, o grupo de trabalho consegue avaliar apenas dois pedidos. Ontem, durante reunião entre membros do conselho e os parlamentares, houve cobranças por agilidade nesse processo.
Kayser admite que os quebra-molas são instalados nas vias municipais sem que hajam estudos técnicos. “Para isso, precisaríamos ter um engenheiro de tráfego contratado. Hoje, a instalação precede alguns levantamentos feitos pelos agentes nos locais de estudo”, afirma o diretor. Entre os critérios verificados, fluxo de veículos e acidentes.
Cada lombada eletrônica instalada no município teria um custo mensal de R$ 2,8 mil. No valor está inclusa a manutenção
Contrato rompido no passado
A Kopp já prestou serviços em Lajeado. A cidade chegou a contar com 50 aparelhos entre 2001 e 2011. Naquele último ano, o TCE passou a questionar a forma de pagamento efetivados pelos municípios à empresa, após reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, tornar público um esquema da máfia das multas e das lombadas eletrônicas.
Oito anos antes, o Executivo foi réu em uma ação civil pública e teve que alterar o contrato feito com a empresa. Pelo acordo questionado pelo Ministério Público, o município tinha que pagar R$ 7 mil mensais pelo aluguel de cada lombada. No novo contrato, a Kopp passou a ficar com 49% das arrecadações mensais pela locação.
