Há algo de muito errado quando gestores públicos tentam intimidar a imprensa após a publicação de notícias que não lhes convêm. Atentam contra o direito da liberdade de expressão na tentativa de privar os fatos que são públicos de direito e que a sociedade precisa saber. A administração municipal anterior de Lajeado era useira e vezeira da prática. Atacava o mensageiro para que a mensagem perdesse relevância. Cortina de fumaça para encobrir o que deveria ser transparente.
Surpreendentemente, na semana passada, chega até este colunista uma reclamação via whatsApp de uma indignada assessoria de imprensa da prefeitura de Teutônia. O motivo do contato era a matéria veiculada no dia anterior: aumento do número de CCs no governo de Jonathan Brönstrup. A reportagem, como exige-se do jornalismo apartidário e independente, mostrava o descumprimento de uma promessa do eleito, logo após ser ungido ao cargo.
Lembremos: em entrevista ao jornal A Hora, veiculada em 19 de outubro de 2016, Brönstrup falou em reduzir os cargos de confiança de 25% a 30%. Já a partir de janeiro. Passados quatro meses, o número de funcionários contratados aumentou de 94 para 108, e a promessa foi para o espaço.
Eis que, depois de sair a matéria, recebo, entre outras queixas, a seguinte mensagem pelo whats: “[…]já ouvimos que para sair notícias boas no A Hora precisa pagar e para o jornal só interessa notícias ruins. Não vamos deixar de investir em outras prioridades para comprar matérias[…]”.
Alto lá, senhor prefeito e assessores. A notícia do A Hora não tem preço e o único rabo preso é com o leitor. É ele que nos delega um mandato renovado – ou não –, em cada assinatura. E por esse contrato, temos o dever de ir atrás dos fatos que levem à verdade. Sem ferir a ética.
Não misture notícias da redação com propaganda e publicidade. A Hora, para evitar confusões, abriu espaços com conteúdos patrocinados. Como outros jornais, criou o Estúdio A Hora, essencialmente para atender empresas e marcas. Publicações – impressas ou digitais –, com exposições claras dos patrocinadores. Transparente, como tudo deveria ser.
Como sabemos, jornalismo exercido na acepção da palavra incomoda. A crítica fundamentada não se dá com o culto à personalidade. Autoritários agem assim: sem argumentos que lhes sustentem a razão, dão-lhe bordoadas.
A notícia original confere com a verdade e cabe reavivá-la neste comentário. Já este ataque eivado de calúnia é mais para a Justiça, não mais para esta página.
É hoje
Teutônia recebe o terceiro workshop do Projeto Negócios em Pauta, idealizado pelo A Hora e Sincovat. Indicadores de Gestão: quais são necessários e como aproveitá-los, é o tema da discussão a partir das 19h30min, no auditório da CIC-Teutônia.
Aplausos
Por falar em Teutônia, ocorre hoje, a partir das 17h, a inauguração da nova sede da Brigada Militar. Mais um exemplo de solidariedade e mobilização comunitária. Com recursos do Judiciário, doações de líderes empresariais, Consepro e apoio do poder público municipal, foi construído novo espaço para abrigar a BM local. Parabéns à comunidade de Teutônia, dando exemplo de voluntariado e de engajamento social ao reunir mais de R$ 700 mil para a obra.
Cabe invulgar a respeito desse assunto que a iniciativa não é inédita. Já construíram novas sedes para o Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e também para a Polícia Rodoviária Estadual.
Continuam
Vendedores ambulantes na Júlio de Castilhos continuam. No sábado à tarde, bonés, óculos de sol, tênis, roupas, entre outros artigos, eram comercializados em várias quadras da principal rua de Lajeado. O governo atual prometeu acabar com a venda ilegal, mediante aumento na fiscalização. Enquanto isso, lojistas continuam reclamando.