Quadrilha explode banco e troca tiros com a polícia

Boqueirão do Leão

Quadrilha explode banco e troca tiros com a polícia

Dez reféns foram usados como escudo humano

Quadrilha explode banco e troca tiros com a polícia
Vale do Taquari

A agência do Banco do Brasil de Boqueirão do Leão foi atacada na madrugada de sexta-feira. Quatro criminosos renderam pessoas em um posto de combustíveis. Quem passava no local também foi usado como escudo.

João de Almeida foi obrigado a parar o carro e se juntar aos demais reféns. “Não fazia ideia do que estava acontecendo. O grupo estava fortemente armado e foram pelo menos cinco explosões”, lembra.

Um militar estava em serviço e acompanhou a ação nas proximidades, aguardando reforço. Antes da 1h, a quadrilha deixou o banco, levando quatro reféns, que foram soltos em Alto Boqueirão, a um quilômetro da cidade.

Em Colônia São Paulo, a quadrilha trocou de veículo. Abandonou o Ford Focus de cor prata em uma mata de eucalipto e fugiu em uma camionete Duster Oroch. Na localidade de Bela Vista do Fão, interior de Progresso, ocorreu confronto com uma guarnição do Pelotão de Operações Especiais (POE). Os criminosos conseguiram fugir em direção à BR-386.

Veículos encontrados

Os dois automóveis usados pelos assaltantes foram encontrados no fim de semana. O Ford Focus foi achado no domingo. O caseiro da propriedade rural viu o automóvel e avisou a BM. O veículo foi recolhido e será submetido à perícia.

Já a picape Duster Oroch foi encontrada no sábado no interior de Soledade. Dentro, havia um litro de gasolina e munição de 9mm.

Agência destruída

Conforme a soldado Sandra dos Santos, foi a primeira ação criminosa no município com uso de explosivos. “A comunidade ficou apavorada com a ousadia do grupo. Além dos explosivos, o grupo usou armamento pesado. Foram localizados cartuchos de fuzil, espingarda calibre 12 e pistola 380”.

Segundo o delegado Joel Wagner, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), não há pistas dos criminosos, embora a Polícia Civil esteja focada em solucionar o caso. “Uma mesma organização criminosa deve estar por trás dessas ações, justamente pelo modo de agir. Ataques semelhantes vêm ocorrendo na região dos Vales”, observa Wagner.

O delegado também descreveu o interior da agência, que ficou destruída. “Foram de quatro a cinco explosões. O grupo levou dinheiro de um dos três terminais de autoatendimento. O cofre também foi implodido e, devido às avarias, não é possível precisar se levaram todo o dinheiro”. Peritos do IGP-RS coletaram imagens do local e material que possa identificar os integrantes da quadrilha.

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