A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) divulgou na quarta-feira, 19, os resultados de desempenho do segmento referentes a 2016. Os números do ranking devolvem otimismo ao setor. Após queda nas vendas em 2015, no ano passado, as 252 maiores companhia do RS apresentaram alta de 9,7%.
Descontada a inflação, o resultado representa um aumento real de 3,4% na comercialização de produtos. Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o estudo mostra a adaptação do varejo ao novo perfil de consumidores, que perderam poder de compra com a crise.
“O setor deu mostras de sua agilidade e está alinhado às necessidades dos clientes, apostando em uma gestão eficiente, com foco no giro dos produtos”, aponta.
Juntos, os supermercados do RS registraram um faturamento bruto de R$ 28,7 bilhões em 2016, representando 6,9% do PIB do estado.
Sediado em Lajeado, o Imec aparece na lista das dez principais empresas do setor. Com um faturamento bruto de R$ 542.6 milhões, aparece na quinta colocação entre as principais redes com atuação no RS.
A rede que emprega quase dois mil funcionários mantém um planejamento estratégico de crescimento com previsão de investir R$ 22 milhões neste ano. Entre os projetos em andamento, estão a nova unidade no bairro Montanha, em Lajeado, ao valor de R$ 5 milhões, e reformas nas unidades dos bairros Florestal e São Cristóvão, e também nas cidades de Rio Pardo e Cachoeira do Sul, além de melhorias nos supermercados Desco de Lajeado e Encantado.
No fim do ano passado, a rede apresentou o novo conceito de lojas com a reinauguração da unidade do Parcão, no bairro Oriental, em Estrela. A reforma do espaço criou um ambiente moderno, com destaque para os setores de perecíveis, como açougue, padaria e hortifrutigranjeiros.
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Grandes recuam
De acordo com o Ranking Agas, a participação das dez maiores empresas no mercado diminuiu na comparação com 2015. Juntas, elas somaram um faturamento de R$ 15,1 bilhões, representando 52,6% do total vendido nos caixas dos supermercados gaúchos em 2016.
As empresas de porte médio foram as que mais cresceram no ano passado, com desempenho 12,1% maior na comparação com 2015. Conforme Longo, o crescimento se explica pela capacidade de identificar desperdícios e o apelo local.
“As empresas médias são identificadas com a sua cidade ou comunidade. São pontos de venda em que o consumidor se sente em casa, e em que o supermercadista consegue fazer diagnósticos de perdas”, relata. Segundo ele, o supermercado de sucesso é aquele que consegue reduzir custos sem prejudicar os serviços oferecidos.