Cerca de 50 sindicatos da região, entre urbanos e rurais, se organizam para a greve geral. Marcada para a próxima sexta-feira, 28, a manifestação ocorre em Lajeado e já tem mais de mil participantes confirmados.
Eles caminharão pelas principais ruas da cidade em protesto ao projeto de terceirização do governo federal, já votado em Brasília, e às reformas da Previdência e Trabalhista, ainda em discussão no Congresso.
“São reformas políticas, que estão desmontando a CLT. Os mais pobres, novamente, serão mais afetados”, reclama o vice-presidente do Sindi Comerciários e um dos organizadores da iniciativa, Ricardo Ewald.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Avícolas de Alimentação em Geral de Lajeado e Região (Stial), Adão Gossmann, a manifestação será uma forma de atentar muitas pessoas para as mudanças causadas pelas reformas.
“Muitas pessoas ainda não enxergaram o quanto isso é ruim para a classe trabalhadora. Precisamos tirar isso da pauta.” Ewald aponta que a perda de direitos por meio da possibilidade geral de terceirização é um dos principais prejuízos, assim como a desindexação do salário mínimo para os aposentados – que ganhariam menos do quem está trabalhando.
Já Gossmann acredita que o aumento da idade mínima para a aposentadoria é o pior fator, principalmente para quem trabalha nas linhas de produção de grandes empresas.
“Empregados de aviários não têm mais condições de trabalhar aos 55, 60 anos. Não entendo, é tão fácil tirar direitos dos trabalhadores, mas cobrar dos bancos e das grandes empresas, que devem tanto para o governo, ninguém consegue.”
Manifestação
As primeiras reuniões para o protesto foram realizadas nesta semana. Uma comissão formada por seis sindicatos voltará a se reunir na quarta-feira, às 13h30min, no Stial. O objetivo é definir os detalhes para o protesto, que ocorre entre às 8h30min e 12h da sexta-feira, com qualquer tempo. Todos os sindicatos trabalhistas da região não atenderão neste dia.
