A criação de um centro cultural que atendesse a demanda da cidade e região ainda está longe de ser concluída. A obra, orçada em R$ 960 mil em 2005, chegou a receber recursos do Ministério da Cultura (Minc), no valor de R$ 300 mil. Hoje, de acordo com a Secretaria de Educação, ainda são necessários mais R$ 3 milhões para que o centro seja concluído.
Inacabado, o prédio apresentou infiltrações, o que obrigou o município a realizar uma reforma em abril de 2016.
Hoje, apenas o andar térreo é utilizado por um grupo de voluntários que produz a decoração da cidade. Na parte de cima, onde deveria ser o auditório, há apenas as arquibancadas. A obra iniciou em 2009 e teve apoio do Minc. A previsão inicial de conclusão era para 2012.
De acordo com o secretário de Educação, Marcelo Mallmann, o município investirá cerca de R$ 20 mil para que o espaço seja adaptado a fim de receber a biblioteca pública. Entre as adequações, estão a rede elétrica, substituição de vidros e plano de combate a incêndios (PPCI).
A expectativa, segundo ele, é que a mudança ocorra em meados de maio. A ideia é fazer do local um espaço para exposições e arquivo histórico. “Mas o primeiro passo é levar a biblioteca.”
O vice-prefeito, Valmor Griebeler, defende que o município não abandonou o centro cultural, mas carece de recursos para a conclusão. Afirma que o Executivo está em negociação com o governo federal, a fim de ver a possibilidade de obter mais verbas.
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Aspecto de abandono
Na parte externa do prédio, rachaduras são visíveis. Algumas vidraças foram quebradas e, na parte dos fundos, há outros sinais de depredação.
O industriário Armindo Nunes da Silva levou o filho recém-nascido ao posto de saúde, próximo ao centro cultural. Para ele, o lugar deveria ser melhor utilizado, pois tem uma área grande, que hoje só serve para estacionamento. “Esse lugar enorme abandonado poderia resolver de moradia a muita gente.”