A equipe de Vigilância Sanitária da Secretaria de Agricultura mandou suspender abate, produção e industrialização de embutidos em três agroindústrias familiares e dez açougues do município. A ação ocorreu na quinta-feira passada, e tem como principal objetivo verificar e legalidade das documentações e instalações das empresas.
Entre os maiores empreendimentos vistoriados – e temporariamente interditados – estão a Agrosalsicharia Hammes, a Agrosalsicharia Diehl e a Agrosalsicharia Diesel, todas credenciadas junto ao Sistema de Inspeção Municipal (SIM).
De acordo com o secretário de Agricultura, João Adão Braun, a principal irregularidade verificada é a “falta de componentes que comprovem a legalidade da produção”. Cita como exemplo planilhas, rótulos e outros documentos. “Alguns apresentaram deficiências. Nada de muito grave. Foi uma medida necessária para colocar todos em dia, e eles já estão apresentando os documentos.”
Braun confirma que a produção de linguiça e salsicha foi suspensa nos dez açougues fiscalizados. A equipe também solicitou a suspensão dos abates e do processo de industrialização das três agroindústrias credenciadas pelo SIM. “Até que todos os documentos e demais apontamentos estejam de acordo”, reitera o secretário.
Nessa terça-feira, acrescenta ele, três açougues foram liberados para retomar a produção. Braun reitera a importância da fiscalização, e comenta que todos os 13 estabelecimentos interditados ainda têm condições de serem credenciados junto ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf).
“Buscamos qualificar nossas pequenas empresas. É esse o foco da fiscalização. E tenho convicção que as 13 interditadas ainda possuem condições de credenciamento no Susaf. Mas tem que fazer o tema de casa antes”, comenta o secretário. Hoje, o município tem 13 agroindústrias cadastradas – cinco familiares e oito empresariais.
O secretário faz questão de ressaltar que não foram encontrados produtos impróprios ao consumo durante a fiscalização realizada na semana passada. Entretanto, Braun reitera a necessidade de todos os estabelecimentos credenciados no município estarem de acordo com a legislação vigente. “Os produtos são excelentes. Mas de nada adianta se a documentação não estiver em dia”, resume.
Reabertura em dois meses
Um dos sócio-proprietários da Agroindústria Hammes, André Hammes, afirma que ainda não teve acesso a todos os detalhes da fiscalização. “Sei que são problemas burocráticos. Não fiz nada de errado, assim como acredito que os outros também não fizeram. Seremos os principais prejudicados. Mas estamos fazendo a nossa parte e, acho que devemos reabrir em até dois meses.”
A reportagem tentou ouvir os sócio-proprietários das outras duas agroindústrias familiares envolvidas na fiscalização da semana passada. Entretanto, até o fechamento desta edição, não houve contato com nenhum deles. As empresas produzem, entre outros produtos, linguiça, salsichão, torresmo e outros derivados de carne suína.
