Governo renova convênio com o HBB

Lajeado

Governo renova convênio com o HBB

Município repassará até R$ 400 mil por mês para compensar defasagem da tabela do SUS

Governo renova convênio com o HBB
Lajeado

Depois de tramitar por duas semanas na câmara, os parlamentares aprovaram na sessão de ontem a renovação do convênio com o Hospital Bruno Born (HBB). O projeto, enviado pelo Executivo no dia 3, prevê um aumento do repasse dos recursos para a instituição.

O aval para assinatura do acordo foi dado após uma reunião entre parlamentares, representantes do hospital e o secretário de Saúde Tovar Musskopf. O encontro ocorreu antes da sessão.

No contrato anterior, o repasse fixo ao HBB era de R$ 300 mil. Com a aprovação do novo convênio, a verba passa para R$ 321,8 mil. Além disso, o governo repassará R$ 900 por internação como forma de  complementação nos serviços hospitalares de internação cirúrgica e clínica (AIH).

Esse recurso complementa os valores pagos pela tabela do SUS nos atendimentos. Segundo estabelecido entre as partes, essa complementação não pode superar R$ 80 mil mensais. Essa ampliação de recursos foi justificada em razão do aumento de procedimentos feitos pelo HBB.

Vereadores receosos

Mesmo sendo aprovada por unanimidade, a renovação só foi possível após duas reuniões entre vereadores e representantes de unidades de saúde. No dia 11, os parlamentares se encontraram com os coordenadores da UPA. Antes da votação de ontem, foi a vez dos representantes do próprio HBB.

O parlamento se mostrava receoso em aprovar o projeto sem conhecer os detalhes do atendimento de saúde no município. Diante do parlamento, o diretor-executivo do HBB, Cristiano Dickel, apresentou os detalhes do trabalho realizado pelo hospital e apresentou um quadro pouco animador sobre a saúde financeira da instituição.

Segundo os números apresentados por Dickel, o HBB acumula dívidas de R$ 28 milhões com instituições bancárias e prejuízos de mais de R$ 8 milhões. A situação financeira levou à demissão de 62 funcionários neste ano.

Ele afirmou que os recursos estaduais e federais ficaram mais escassos, situação que deve se manter nos próximos meses. “Não conseguem dinheiros de emendas parlamentares, Ministério da Saúde disse que não haverá mais verbas.”

O secretário do HBB, Ângelo Arruda, chamou atenção para que os governos definam quais as prioridades na hora de investir em saúde. “Precisamos saber quanto o poder público está disposto a pagar por esses serviços, porque o hospital não pode mais ter prejuízo por assumi-los.” O HBB realiza 32 mil procedimentos por mês.

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