Série de feriadões impacta   na economia e trava serviços

Vale do Taquari

Série de feriadões impacta na economia e trava serviços

Comércio e indústria contabilizam prejuízo. Agências de viagens ampliam vendas

Série de feriadões impacta   na economia e trava serviços
Vale do Taquari
oktober-2024

Trabalhadores e estudantes terão folgas prolongadas pelas próximas três semanas. A partir de amanhã, Sexta-Feira Santa, três feriados prolongados em um período de 18 dias ampliam os períodos de descanso, mas trazem consequências para a economia.

Na próxima semana, comemora-se o feriado de Tiradentes. O último fim de semana do mês culmina no Dia do Trabalhador, na segunda-feira, 1º de maio. Ao longo do ano, serão mais quatro feriados prolongados, sem contar o Natal e o Réveillon. Em todo 2017, serão 22 dias de folga.

Enquanto o varejo e a indústria perdem com a redução nos dias de trabalho, o setor do turismo enxerga oportunidade de ampliar negócios. Proprietário de uma agência de viagens, Douglas Davi Arend, confirma o crescimento nas vendas para o período.

“No ano passado, quase não tivemos feriados longos. Neste ano, temos vários, o que incentiva as pessoas a viajar”, aponta. Segundo Arend, a procura aumentou tanto na venda de pacotes individuais quanto no fretamento de ônibus para excursões.

“As pessoas conseguem se programar com antecedência e podem viajar sem a necessidade de tirar férias”, ressalta. Conforme projeção do Ministério do Turismo, o setor deve receber R$ 21 bilhões a mais neste ano.

A projeção é de ampliar em 10,5 milhões o número de viagens, incluindo o turismo dentro do país e internacional.

O maior impacto deve ocorrer no Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, quando são esperadas 1,94 milhão de viagens e uma movimentação de R$ 3,9 bilhões na economia.

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Prejuízo no comércio

Enquanto o setor do turismo cresce com os feriados, o varejo é o mais afetado com a redução nos dias de trabalho. Projeção da Fecomércio-SP aponta prejuízo de R$ 10,5 bilhões para o segmento durante o ano no país.

Para o presidente da CIC-VT, Ito Lanius, a ampliação no número de folgas provoca queda na produtividade. “Cada vez que não se trabalha, temos menos dinheiro circulando no mercado local, o que afeta o PIB, e indicador já vem em queda.”

Conforme Lanius, a entidade não chegou a discutir o tema, por isso, não tem uma posição formulada sobre a existência de tantos feriados. Acredita que um maior número de dias trabalhados garante menos riscos para a economia.

“Não sei se é possível alterar o calendário no futuro, porque já está estabelecido faz muitos anos e as pessoas gostam de uma folga para o lazer. É algo inerente ao ser humano”, alega. Já na indústria, os impactos são menores, devido à ociosidade das linhas de produção em decorrência da crise.

Dados da Fiergs mostram que as fábricas gaúchas utilizam neste ano 66% da capacidade nas linhas de montagem. Conforme a entidade, a ociosidade faz com que os dias sem trabalho se tornem pouco relevantes para os resultados do setor.

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