Faz alguns dias que a obra de construção da calçada na rua Pedro T. Breitenbach, a ERS-421, está suspensa. Os serviços foram interrompidos pela empresa em função de atrasos nos repasses de recursos por parte do governo federal, e não há prazo para o reinício dos trabalhos no bairro Conventos. Vereadores cobram agilidade da União no pagamento das parcelas atrasadas.
Na sessão de terça-feira do Legislativo, o vereador do PMDB, Éder Spohr, falou sobre o assunto. Segundo ele, os empresários responsáveis pelo empreendimento não devem reiniciar os serviços até que a União quite os valores devidos.
Os recursos para o custeio das calçadas são provenientes de emendas parlamentares e do Ministério dos Transportes. Foi assim também com outro trecho do passeio construído entre 2010 e 2012. Nos últimos cinco anos, já foram gastos quase R$ 500 mil no trecho próximo ao entroncamento com a BR-386 e as escolas de ensinos Fundamental e Infantil do bairro.
De acordo com o secretário de Obras e Serviços Urbanos (Sosur), a empresa responsável pelo empreendimento já encaminhou – faz alguns dias – um pedido para pagamento. “A empresa não recebeu o pagamento. É verba federal. Se entrar, eles vão retomar”, resume o agente público responsável pela fiscalização dos serviços.
A obra é realizada pela empresa Progetto Sul Pavimentação e Construção Civil, com sede em Lajeado. Os serviços iniciaram em fevereiro de 2016, e compreendem uma área total de 1.761,075 metros quadrados de passeio.
O bairro Conventos é um dos mais populosos da cidade, com cerca de quatro mil habitantes. Pela ERS-421, muitos caminhões costumam desviar do posto da PRF.
Rodovia estadual cruza toda a extensão do bairro Conventos. Tráfego contínuo de caminhões traz insegurança
Transtornos aos moradores
Além do atraso na conclusão das obras em função da falta de repasses de recursos, alguns moradores de Conventos também reclamam das condições estruturais de trechos já concluídos da calçada. Buracos entre o passeio e o asfalto, desníveis próximos à entrada de veículos e de propriedades são algumas queixas.
A babá Helena Ely, 39, costuma caminhar pela nova calçada todos os dias. Segundo ela, a estrutura é ruim. “Não tem como andar, a calçada não está completa. Faltam pedaços, faltam as entradas. É muito ruim de caminhar aqui.”
Ela mora no bairro faz 28 anos. Diz que a situação para os moradores está melhorando. Mas lamenta a forma como algumas obras são conduzidas. “É uma pena que eles fizeram malfeito em alguns pontos.” No trecho, além de diversas paradas de ônibus, existem duas escolas de ensinos Fundamental e uma de Educação Infantil.
