A Acvat ofertou o prédio, construído na década de 50 para ser a nova sede da câmara de vereadores. O negócio custaria aos cofres do Legislativo R$ 6,5 milhões. O pagamento poderia ser feito com uma entrada de R$ 500 mil mais 48 parcelas de R$ 125 mil.
Um protocolo com a oferta foi feito para todos os vereadores, mas o presidente do Legislativo, Waldir Blau (PMDB), garante que a compra do prédio está fora de cogitação. “Qualquer leigo sabe que não podemos gastar R$ 6,5 milhões para adquirir um prédio de 80 a cem anos e que não vai servir pra nada para a câmara de vereadores.”
Conforme Blau, a organização entregou a oferta em mãos. “Eles estão metendo pressão em cima dos vereadores, mas eu não aceito.” Na avaliação dele, com cerca de R$ 4 milhões, é possível construir um prédio, que atenda as necessidades dos trabalhos legislativos e oferte espaços para uso da comunidade.
A casa tem em caixa R$ 1,5 milhão para iniciar a obra. No próximo ano, deve contar com pouco mais de R$ 2 milhões para dar andamento. A expectativa é que o prédio esteja pronto até o fim de 2018. O projeto final deve ser apresentado para comunidade até outubro.
Os projetos hidráulico, elétrico, refrigeração e do PPCI para a nova sede foram encaminhados para a Secretaria de Planejamento. “Com menos de R$ 6,5 milhões estaremos instalados em um prédio novo, com 57 vagas de estacionamento, auditório, sala de exposição para artistas e espaço para uso gratuito pela comunidade.”
Segunda tentativa
Essa é a segunda vez que a Acvat oferta o prédio ao Legislativo. A primeira vez ocorreu em 2015, quando uma comitiva de vereadores visitou o espaço.
O prédio tem três mil metros quadrados de terreno e 1,9 mil metros quadrados de área construída, além de espaço para estacionamento. Apenas algumas salas são usadas pela empresa. Na época, as tratativas não avançaram.
A oferta foi feita por intermédio de uma imobiliária. O proprietário, Everton Corbellini, afirma que em 2015 a oferta foi feita à vista e agora conseguiu uma proposta com valor parcelado. Depois da primeira tentativa de vendê-lo para a câmara de vereadores, não houve ofertas para outros interessados.
Discussão antiga
O debate sobre uma sede iniciou em 2005. A primeira opção foi erguer o prédio na rua Júlio May, na antiga Praça Mário Lampert. Depois disso, os vereadores cogitaram a compra de três andares no Genes Shopping. Mas a negociação, avaliada em R$ 3 milhões, não evoluiu. Mais tarde, estudaram a aquisição do antigo prédio dos Correios, ao lado do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), também um convênio com o Lions Club Lajeado para dividir um novo prédio.
Em 2011, a presidência do Legislativo apresentou proposta para comprar o imóvel da igreja evangélica, na esquina da João Abott com a Marechal Deodoro. Em agosto, uma suspeita de superfaturamento no preço do imóvel provocou a rejeição do projeto.
No início deste ano, Blau retomou a discussão. Solicitou ao Executivo devolução da área da antiga Praça Mário Lampert para o Legislativo e dá andamento ao projeto para iniciar a obra.
