Gincana do Ceat incentiva cidadania

Lajeado

Gincana do Ceat incentiva cidadania

Na 36ª edição, evento segue linha pedagógica e incentiva liderança e coletividade

Gincana do Ceat incentiva cidadania
Lajeado

A comissão da Gincana do Centro de Educação Alberto Torres (Ceat) comemora o evento deste ano. O primeiro motivo é o tempo, pois, diferente do ano passado, não teve chuva, contribuindo para as atividades.

Outro fato é a participação dos alunos da 6ª série e da comunidade escolar em relação ao trabalho social. Eles conseguiram voluntários para doação de sangue e alimentos. Durante a semana, alunos participaram do desfile pela rua Júlio de Castilhos. Estima-se que mais de 600 participam da gincana.

Para o coordenador pedagógico do Ensino Médio, Romério Gaspar Schrammel, os jogos incentivam a realização de tarefas cognitivas e lúdicas. “A gincana desenvolve as habilidades que não é possível no dia a dia, na sala de aula. Passa pelo espírito de liderança, iniciativa e coletividade. Faz parte da proposta pedagógica da escola.”

Formada por 44 alunos, a comissão elaborou em torno de 110 tarefas para serem executadas durante a semana. Cada uma das cinco equipes tem cerca de 80 integrantes. De acordo com o presidente da comissão, César Tavaniello, o evento segue o padrão dos últimos anos, que se tornou tradicional na comunidade lajeadense. A participação intensa dos colegas chamou atenção. “Todo mundo tá pegando junto e estamos contantes. Estamos elaborando a gincana desde o fim do ano passado. É gratificante.”

A comissão é formada não só por alunos, mais por quem já se formou. Entre as tarefas do dia, a dos anagramas e dos enigmas busca uma resolução que instiga a pesquisa. “A parte educativa é somada à diversão do pessoal.”

Karina Lagemann Pereira da Silva é mãe de um aluno de 12 anos da 7a série. Para ela, essa uma maneira de os pais conviverem mais com os filhos. “É a forma que temos de nos entrosar e viver mais a vida escolar dos filhos. Entendemos como eles se comportam na escola e quem são seus amigos.”

Segundo Karina, a gincana tem como principal função a educativa. “São muitas provas educacionais. Faz com que se dediquem. Meu filho passou o dia na biblioteca fazendo uma pesquisa em relação a uma das atividades. Isso não tem preço.” O resultado e premiação dos vencedores da gincana ocorre neste sábado, às 11h30min, no Ceat.

Gincana segue até às 11h30min de sábado, quando a comissão organizadora entrega a premiação aos vencedores

Gincana segue até às 11h30min de sábado, quando a comissão organizadora entrega a premiação aos vencedores

Solidariedade

Entre as tarefas executadas durante a semana pelos alunos, a de doação de sangue no Hospital Bruno Born chamou atenção da comunidade. Era preciso encontrar voluntários para abastecer o banco de sangue, o que não foi difícil para os participantes que convenceram até quem nunca teve a chance de doar.

Outra atividade proposta foi a de arrecadar alimentos não perecíveis para as entidades assistenciais do município. As equipes continuam arrecadando para somar pontos, mas o objetivo inicial já foi alcançado.

Equipes montaram barracas para reunir materiais para a gincana

Equipes montaram barracas para reunir materiais para a gincana

Iniciativa da base

Conforme o diretor do Ceat, Rodrigo Ulrich, a gincana tem como origem a coordenação e participação massiva dos alunos. Desde a primeira edição, há 36 anos, em uma iniciativa do Grêmio Estudantil da época, segue o exercício cidadão. “Promove a integração na comunidade escolar. É o momento que se pode conviver mais com ex-alunos, professores e pais. As doações despertam o espírito solidário.”

Além da participação dos alunos do Ensino Fundamental, as atividades semelhantes às da gincana também foram trabalhadas em turmas de alunos menores. Crianças de 4 a 6 anos se dividiram em equipes e promoviam disputas, coordenadas pela professora.

Entre os benefícios da participação dos estudantes, o diretor cita a coletividade, cooperação, liderança e resolução de desafios. “Em muitas tarefas, há um tempo curto e em outras temas complexos. Então atinge o objetivo de instigar e preparar o aluno. É um ensaio para a vida lá fora.”

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