A confirmação de reforço às forças de segurança do RS gera expectativa para o Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) do Vale. Ontem, o governador José Ivo Sartori anunciou o chamamento de 1.183 servidores.
Pelo menos 500 inativos serão convocados e 683 concursados serão nomeados. Segundo o coronel Cleider Oliveira Cavali, responsável pelo CRPO, não se sabe qual será o incremento no efetivo regional. “Não sabemos nem se os soldados que estão em formação permanecerão no Vale.”
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, 1.543 policiais estão em formação. Desses, 1.060 da Brigada Militar, 260 bombeiros e 223 servidores da Polícia Civil.
Na avaliação de Cavali, para qualificar a segurança pública da região, a Brigada Militar precisaria do dobro de efetivo.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, serão chamados 421 novos servidores para a Brigada Militar, 101 para o Corpo de Bombeiros, 141 para a Polícia Civil e mais 20 para integrar o quadro de saúde da BM. Os profissionais devem entrar em serviço em cerca de seis meses.
“Além de autorizar o chamamento imediato de novos policiais, determinei que se faça um estudo, o mais rápido possível, para um novo concurso em todas as áreas da Segurança. O prazo é de no máximo um mês”, disse.
Segundo o secretário, com o chamamento desses novos profissionais, o governo do Estado zera o banco de concursados da Brigada Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros. “Essa é uma demonstração do esforço que o governo vem fazendo para suprir as necessidades de efetivos”.
Contrapartida
O reforço na segurança pública exige como contrapartida a aprovação de projetos de Recuperação Fiscal do Estado, em especial aqueles que tratam da autorização da privatização da CRM, CEE e SulGás.
Na manhã de ontem, o governador José Ivo Sartori destacou os esforços para qualificar a Segurança Pública feitos até agora. Segundo ele, a área teve aumento de 19% no orçamento e é a única categoria que ganhou aumento salarial.
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Inativos
Conforme Schirmer, 500 brigadianos inativos devem voltar à ativa. Isso depende de aprovação do projeto pela Assembleia Legislativa. Esses policiais serão chamados para patrulha escolar, e desempenhar serviços administrativos e de monitoramento. “Eles já estão sendo selecionados pela Brigada Militar que deve acabar esse processo ainda em abril”, assegurou.
Os inativos convocados devem passar por um curso de reciclagem. Eles devem receber cerca de R$ 2,4 mil, além do salário da aposentadoria.
Novos policiais nas ruas
De acordo com Sartori, entre o efetivo na ativa, os em formação e os concursos abertos, quatro mil pessoas a mais estarão trabalhando na Segurança Pública até o fim do ano.
Dois concursos estão em andamento para a contratação de 720 servidores para a Susepe e 140 para o Instituto Geral de Perícias (IGP), e o chamamento de 500 brigadianos inativos para voltar a ativa.
