Os movimentos migratórios no mundo serão tema do 13º Seminário Nacional de Pesquisadores da História das Comunidades Teuto-brasileiras, promovido pela Univates.
O evento inicia nesta quinta-feira, 6, e encerra no sábado, 8. Terá como objetivo debater o assunto sob diversos ângulos, fazendo um paralelo entre as migrações históricas e contemporâneas, como a dos haitianos ao Brasil.
Conforme um dos organizadores do evento, o historiador Tiago Weizenmann, outra intenção é trabalhar o rompimento de visões monolíticas.
“Sabemos que isso gera diversos problemas como xenofobia, preconceito. Nós queremos ir ao encontro de uma diversidade mais democrática”, explica.
Um dos exemplos de fluxo migratório mais bem-sucedidos na atualidade será abordado pelo professor alemão Frederik Eugen Schulze, da Universidade de Münster (WWU).
Em português, ele vai falar sobre a migração dos alemães no Brasil, no século XIX, relacionando ao cenário atual do país, um dos que mais tem recebido refugiados nos últimos anos.
“Como nosso país foi receptor naquela época, a Alemanha está sendo hoje, com sírios e turcos, principalmente. Schulze vai fazer esse comparativo, problematizando a situação”, adianta Weizenmann.
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Outras atrações
A programação conta com o lançamento do livro A Religião de Jacobina, do historiador Martin Norberto Dreher. Na obra, ele retrata o movimento religioso de alemães no fim do século XIX no Vale do Sinos.
Mesas-redondas, conferências e simpósios temáticos ainda discutirão políticas de fronteiras abertas e fechadas; movimentos migracionais históricos e contemporâneos na América Latina; e discursos e percepções sobre migração. Haitianos falarão sobre a migração de seu povo para o Brasil.
Na sexta-feira, serão apresentados 122 estudos sobre a temática. Os trabalhos focam as áreas de educação; patrimônio cultural; relações interétnicas, escravidão e pós-abolição; política, sociedade e economia; gênero e etnia; religiões e manifestações religiosas; entre outras.
Ouvintes podem se inscrever até o dia 6, pelo link goo.gl/50NfDI. Cerca de 150 pessoas são esperadas pela organização, que centralizará as atividades nos prédios 7 e 3 da Univates.
