Os ânimos na assembleia geral da Certel já foram mais calmos. Nos anos de bonança, as reuniões reuniam quase mil pessoas e tinham clima de festa. Nesta semana, 291 associados compareceram ao auditório do Colégio Teutônia. Houve muitos questionamentos e até críticas dos associados.
Apesar do resultado negativo na Certel Desenvolvimento, o grupo obteve um resultado positivo no seu faturamento total de R$ 252 milhões. A Certel Energia é a grande alavanca e ainda investiu R$ 28 milhões na qualidade energética. A sobra chegou em quase R$ 20 milhões.
Dos demais negócios, o varejo segue com saldo negativo. A cooperativa está em vias de diminuir as lojas. Das 70 em atividade no seu apogeu, ainda restam 33. Só não fechou mais por falta de dinheiro para indenizar os funcionários. O trabalho é para achar o ponto de equilíbrio. A ideia é manter apenas as lojas que dão lucro.
Outro ponto positivo é a redução gradativa da dívida bancária. Em 2012, a cifra de endividamento chegava em R$ 136 milhões. No fim de 2016, esse número foi de R$ 53 milhões. Ainda é alto, na opinião do presidente Erineu Henenmann. A cota capital solicitada aos associados tem contribuído para diminuir os gastos com juros bancários, mas ainda vai demorar alguns anos para sanar essa corrosão, se nenhum ativo for vendido.
A qualidade da energia da Certel é sua maior virtude. Está classificada entre as melhores e as mais baratas no país. Esse fator pesa positivamente junto ao associado, o qual reconhece a importância da cooperativa nesse contexto social e regional. Em abril, a conta da energia vai baixar 4,5%. Bom para o consumidor.
Cota Capital
O “empréstimo” dos associados por meio da “cota capital” alcançou uma cifra de R$ 2,5 milhões até o momento. A cota valerá apenas até o fim de 2017, e não mais até 2018 como anunciado no princípio.
Ao que tudo indica, a recuperação da cooperativa começou fazer a curva. Toda cautela é pouca para não retomar a sangria que colocava a Certel na rota de colisão.
Solidez aos 40
As altas taxas tributária e trabalhista somadas à burocracia impõem desafios herculanos às empresas. Poucas passam de uma década de sobrevivência, período em que a maioria padece por um ou outro motivo.
Na construção civil, os altos e baixos são inerentes ao setor e poucas organizações conseguem superar as ondas de instabilidade, especialmente, dos últimos anos. Esse parece não ser um problema para a Construtora Zagonel, de Lajeado. Empresa familiar e com o mesmo dono desde a fundação, a Zagonel é uma das mais respeitadas e sólidas do segmento. Faz obras em todo estado com qualidade e excelência.
O modelo austero, simples e prático do fundador José Zagonel (foto) contribuiu para a cultura do trabalho e esforço intensos, características do negócio da família.
Nessa quinta-feira, o empresário, os filhos e funcionários reuniram a imprensa para brindar ao aniversário.
Aula sobre gestão
O projeto Negócios em Pauta realizou o segundo painel na quarta-feira. Dessa vez, em Estrela, com o tema fluxo de caixa. Oto Möerschbacher desnudou os paradigmas limitantes e foi sabatinado pelos mais de 80 empresários e contadores presentes no evento.
A lição maior não foi apenas aos gestores das organizações, mas também aos contadores e escritórios de contabilidade. Está cristalino que a classe contábil tem um desafio maior do que apenas fazer guias. Nunca a orientação contábil foi tão necessária e exigiu tamanha proximidade com a operação nas empresas dos clientes.
O presidente do Sincovat, Rui Mallmann, é um entusiasta dessa ideia e não é por menos. O erro de análise, muitas vezes, reside no empresário pensar ser um gasto, mas os contadores também precisam atentar e oferecer serviços mais ousados aos clientes, se quiserem mantê-los sustentáveis. É uma oportunidade para ambas as partes.
O próximo evento será em Teutônia, no dia 26 de abril, sobre indicadores de gestão. Igualmente fundamentais, esses dados permitem embasamentos concretos e seguros para a tomada de decisões.
O convite é aberto, não custa nada. Vale a pena dedicar essas duas horas e participar dessa troca de experiências. Aliás, o ponto alto do evento foi exatamente a espontaneidade e interação do público.
Todos serão bem-vindos!
Mal-entendido
Um lapso envolveu a lista de assinaturas anexa no documento que a Seavat encaminhou ao Executivo de Lajeado, no qual indicou a contratação do urbanista, Enio Perin, para coordenar o novo Plano Diretor. O assunto fora tratado no início da assembleia da entidade, mas alguns profissionais chegaram depois e acabaram assinando a lista de presenças com os demais. Foi o caso da ex-secretária Marta Peixoto. Quando saiu seu nome na imprensa, Marta reagiu. Ela afirma não ter participado dessa decisão. Bruch reconhece que a lista foi anexada de forma equivocada ao documento. Feito o esclarecimento.