Com 20 times filiados, a Liga Lajeadense de Futebol Amador (Lilafa) anunciou em reunião, nessa terça-feira, que o municipal de futebol de campo não será realizado em 2017 em virtude da falta de clubes interessados. A última vez que isso ocorreu foi em 2006.
O primeiro encontro da Lilafa com as agremiações foi realizado no início de fevereiro. Desde então, ocorreram mais oito e nada foi resolvido. No último, apenas dois times participaram – União Campestre e Internacional (atual campeão na categoria titular).
Para o tesoureiro da Lilafa, Francisco Weimer, o “Kiko”, um dos principais motivos para a decisão é a falta de interesse dos times em disputar dois campeonatos por ano. “Enquanto a Aslivata não arrumar uma maneira de proibir os clubes que não participaram do municipal de disputar o Regional, será difícil juntar times.”
Weimer comenta também que Lajeado tem jogadores e clubes, mas, em muitos casos, faltam dirigentes que puxem a frente. “Temos que fazer um mutirão com prefeitura, Lilafa, Aslivata e clubes para acharmos uma fórmula para reverter, caso contrário, ano que vem não sai de novo.”
Reunião realizada na terça-feira contou apenas com a participação de dois clubes – União Campestre e Internacional
Esportistas lamentam
Treinador do Internacional, Diogo do Couto, o “Buia”, lamenta que a cidade não consiga realizar o municipal. “É vergonhoso uma cidade do tamanho de Lajeado não ter times suficiente para fazer um campeonato, isso é um fiasco.”
Para ele, os principais fatores para isso são a desorganização da Lilafa e a alta pedida dos jogadores para assinar e por partida. “Os atletas daqui estão supervalorizados, se liberarmos para pegar de outros lugares, se tornará mais barato fazer futebol amador.”
O atleta Murilo Corbellini se diz chateado com a decisão “É inexplicável uma cidade com, no mínimo, cinco mil atletas não conseguir montar oito times.”
Corbellini cita a má administração dos clubes e da Liga como as principais causas. “Não venham me falar que é por que os atletas cobram muito, se eles cobram é porque alguém paga.”
