Ação retira toneladas de lixo do rio Taquari

Vale do Taquari

Ação retira toneladas de lixo do rio Taquari

Edição 2017 do projeto Viva o Taquari Vivo ocorreu nesse sábado em seis cidades

Ação retira toneladas de lixo do rio Taquari
Vale do Taquari

Voluntários foram às margens do Rio Taquari em seis cidades para a 11ª edição do Projeto Viva o Taquari Vivo. A organização estima a presença de 900 pessoas na ação deste ano. Na manhã desse sábado, foram recolhidos quase quatro mil quilos de lixo.

“Sabemos que em uma manhã não conseguiremos limpar o rio. Nosso propósito é mobilizar a população e conscientizar sobre a importância de cuidarmos da natureza”, resume a integrante do Parceiros Voluntários de Lajeado, Gilmara Scapini.

Entre os voluntários, estavam acadêmicos da Univates, grupos de escoteiros, representantes de ONGs e funcionários de empresas. Pessoas sem vinculação também estavam no Viva o Taquari. “Essa participação espontânea tem crescido. É uma mostra que estamos conseguindo propagar o ideal do projeto”, realça Gilmara.

Natural de Uruguaiana, Ramão Sambrana trouxe o filho Gabriel, 10, para ajudar na limpeza do rio. Essa foi a primeira vez que participou da ação. “Eu já conhecia o projeto. Resolvi participar e trazer meu filho para educar a partir do exemplo.”

Sambrana não foi o único pai que trouxe os filhos. Marlos Freitas e a mulher Gabriela trouxeram o casal de filhos, Isadora e Kauan, para contribuir com o Viva o Taquari. “Preservar a natureza, em especial a água, é fundamental para manter a vida das próximas gerações”, ressalta Marlos. “Para conseguir mudar os comportamentos, só a partir da educação e do exemplo”, frisa.

No Porto dos Bruder, em Lajeado, a intervenção no Rio Taquari começou pouco antes das 8h. Integrantes da comissão responsável por organizar a ação apresentaram o conceito do projeto. Pouco mais de 200 pessoas participaram da limpeza do manancial.

Um dos idealizadores do Viva o Taquari, Gilberto Soares destaca a função do projeto. “Estamos aqui para celebrar o rio e para fazer com que os jovens e as crianças sejam melhores do que nós.” A edição 2017 ocorreu nas cidades de Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Estrela, além de Lajeado.,

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Ponto crítico

Abaixo do belvedere inaugurado no ano passado, camas improvisadas, restos de bebidas e de utensílios para o consumo de crack. Em meio ao ambiente, voluntários tinham dúvidas sobre o que poderiam colocar no lixo. “Aqui tem roupas e cobertores. Vamos deixar isso aqui de lado, pois alguém deve estar usando”, alertou um dos participantes. Também tinham receio de pegar cachimbos e latas usadas para fumar crack. No espaço, ainda havia fezes humanas e camisinhas usadas.

Integrante do grupo musical Arpas e Violões, Rosângela Soletti opina sobre como evitar a presença de dependentes químicos embaixo do belvedere. “É necessário fechar esse espaço. Ficamos tristes por ver a degradação dessas pessoas devido ao crack.”

Na limpeza daquele ponto, estava a estudante Dinara Hartmann. Pela primeira vez na ação, enaltece a relevância da atividade para melhorar a realidade local. “Em uma cidade com 80 mil habitantes, precisamos nos envolver em atividades como essa.”

Rosângela participou da ação deste ano. Voluntária relembra infância na beira do Rio Fão, um dos mananciais da bacia hidrográfica Taquari-Antas

Rosângela participou da ação deste ano. Voluntária relembra infância na beira do Rio Fão, um dos mananciais da bacia hidrográfica Taquari-Antas

Recorde em Estrela

Com cerca de 380 participantes, a ação de limpeza do Rio Taquari e do Parque da Lagoa retirou quase uma tonelada de lixo. Entre os participantes, estava o aposentado Luiz Huppes, 62. “Cada um tem que fazer sua parte. O mínimo que fizer, será bem para todos.”

Do material recolhido, a maior parte foi plástico, com 213 quilos. Também foram retirados 146 quilos de pneus, 151 quilos de ferro e 47 quilos de tecido. Borracha, vidro, isopor, tecidos (roupas) foram outros produtos encontrados. Na medida em que os voluntários chegavam com o material, tudo era separado e pesado, para depois ser levado à Usina de Tratamento de Lixo (UTL). Em relação a 2016, a quantidade reduziu, pois naquele ano foram 1,4 mil quilos retirados do rio.

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