Eu Curto: das aulas às bolsas

Eu Curto

Eu Curto: das aulas às bolsas

De tanto levar cadernos, livros, água e tudo mais que possa caber na bolsa, Jane Mazzarino passou a criar algumas personalizadas, despertando uma paixão desconhecida pela costura.

Eu Curto: das aulas às bolsas
Vale do Taquari

A professora de Jornalismo da Univates dedica parte do tempo livre à costura e customização de bolsas e acessórios. A necessidade de levar muitas coisas para as aulas despertou nela uma forma de produzir bolsas que pudessem servir para tudo, sem perder o estilo.

Carteirinhas ou necessaires também são feitas pela professora. Agora, Jane passou a fazer bandanas. “Costurar é um lazer. Faço nas horas de folga, quando estou inspirada. Para quem mora em apartamento, é uma forma de criar.”

Jane começou a costurar em uma segunda-feira, no início de 2015. A primeira experiência foi brincar com tecidos e colas, mas, segundo ela, o resultado não foi o ideal. “Então fui a uma loja de máquinas ver possibilidades. O vendedor pediu para eu experimentar uma máquina de costura. Disse a ele que não sabia, que nunca tinha costurado. Ele insistiu e me aventurei. Achei mágico. Divertido.”

Uma semana depois, comprou uma máquina simples de costura. “Passei o fim de semana costurando e saiu uma peça. Então descobri que podia mais que pensava. Matriculei-me em um curso de patchwork e fiz aulas por quase dois anos, com a Magda Bolsi.”

Desde o primeiro dia, só fez bolsas. Na mesa grande da sala, está a máquina. E quando se sente inspirada, olha para a coleção de tecidos que tem e começa a combinar possibilidades. “Coleciono tecidos. Não costumo seguir muito moldes. Vou inventando. Ainda estou achando um estilo. Neste momento, estou trabalhando em uma coleção que explora os símbolos.”

Das aulas no Jornalismo, ao hobby na costura, busca descansar a mente abusando da criatividade. “Desde adolescente, experimento todo tipo de expressão artística.”

Jane afirma que no momento leva um pouco dessas técnicas para trabalhar com educação ambiental, área em que desenvolve projetos de pesquisa e extensão universitária. “Assim, meu trabalho e meu lazer se entrelaçam. Sem um pouco de arte, o cotidiano fica árido.”

Sem prazo de entrega

Para a professora, não há como mensurar o número de bolsas que produz por mês. “Não mantenho uma linearidade na produção. Tem semanas que não consigo costurar. Quando estou trabalhando muito, às vezes, fico sem inspiração.”

Contudo, afirma que no fim do ano passado ficou quase dois meses sem costurar. “Nas férias costurei muito. A produção é irregular. Como não é trabalho, crio com liberdade.”

Agora, Jane afirma que costura de vez em quando, durante a noite e dedica algumas horas nos fins de semana. “Estou também experimentando a pirografia. Bordo um pouco, intuitivamente. Gosto de ler e sair. Então costurar é mais uma das minhas possibilidades”, finaliza.

Acompanhe
nossas
redes sociais