Atritos ameaçam continuidade do G8

Vale do Taquari

Atritos ameaçam continuidade do G8

Prefeitos não querem assumir organização que arrecada quase R$ 200 mil por ano

Atritos ameaçam continuidade do G8
Vale do Taquari

O Cipae G8 está fragilizado. Nenhum dos oito prefeitos que compõem o grupo mostra interesse em assumir a direção. Além disso, um impasse quanto à condução administrativa dos projetos e ações gerou tensão entre o grupo na última reunião que ocorreu no início do mês em Canudos do Vale.

Desde fevereiro, prefeitos dos oito municípios participaram de duas reuniões. Mais de 50% deles são de primeiro mandato e se consideram inexperientes para assumir o G8.

Os mais experientes evitam o assunto. O prefeito de Marques de Souza, Edmilson Dörr, o “Brida”, afirma que o grupo não está desunido. “Apenas alguns apontamentos foram feitos no último encontro, mas o consórcio é de extrema importância para o desenvolvimento das nossas cidades e precisa continuar.”

O prefeito de Forquetinha, Paulo Grunewald, tem a mesma postura. Mas para ele, em algumas situações houve falhas no planejamento. A principal é em relação a distribuição dos contêineres de lixo aos municípios, sem que as cidades tivessem uma estrutura adequada para o recolhimento.

A situação gerou problemas para municípios que fizeram distribuição. Em parte dos locais, os produtos ainda estão estocados, até ter um sistema de recolhimento correto.

Definição nos bastidores

De acordo com os prefeitos, não há articulação de bastidores para definir a nova direção. Segundo eles, o nome do prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrauch, é o mais cotado para assumir a presidência.

Kohlrauch é um dos fundadores do consórcio e tem experiência na gestão pública. A reportagem tentou entrevistá-lo, mas ele preferiu não se manifestar.

Outro nome possível é o do vice-prefeito de Sério, Paulinho Aroldi. Ele não confirma a informação. “Não há articulação prévia. Essa é uma construção que deve ser feita com todo o grupo.”

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Silêncio

O ex-prefeito de Progresso, Edegar Cerbaro, ainda é o responsável legal pelo G8. No entanto, evitou a imprensa nos últimos 15 dias. O vice-presidente, o prefeito de Canudos do Vale, Luiz Alberto Reginatto, também não foi localizado pela reportagem.

O secretário executivo da entidade, Maicon Bergmann, acredita que o silêncio foi adotado para não impactar na articulação. Segundo ele, sem a definição da nova direção, os projetos ficam parados.

Municípios direcionam R$ 192 mil para G8

A entidade recebe todos os meses R$ 16 mil. Cada município contribui com R$ 2 mil. O valor é referente a uma taxa administrativa para manutenção do consórcio, aquisições de produtos e contrapartidas em projetos. Ao ano, o G8 arrecada R$ 192 mil.

Conforme Bergmann, as sobras desse recurso viabilizaram cursos para professores, eventos, formação em turismo, serviços como terraplanagem, instalação de rede de energia, entre outros.

Na compra de produtos o consórcio faz o registro de preços. Os municípios fazem a adesão e contratam os itens direto das empresas. Segundo Bergmann, o volume de compra gera economia aos cofres municipais.

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