Sede da Sociedade Rio Branco está à venda

Estrela

Sede da Sociedade Rio Branco está à venda

Direção quer R$ 4 milhões pelo conjunto de prédios. Clube completa 70 anos em abril

Sede da Sociedade Rio Branco está à venda
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A sede social da Sociedade Rio Branco está interditada desde o dia 9 de março. De acordo com a assessoria jurídica do Executivo, a entidade precisa apresentar um Plano de Prevenção e Combate de Incêndio (PPCI). Hoje, os prédios localizados na av. Rio Branco também carecem do Habite-se e do Alvará Sanitário. Direção finaliza as melhorias solicitadas pelo Ministério Público (MP) e coloca o imóvel à venda.

De acordo com o presidente do clube, Elói Knebel, o PPCI já está pronto. “Falta apenas o documento oficial, que deve chegar até quinta-feira.” Ele também prevê a reabertura do prédio da sede ainda nesta semana. “Está tudo acertado”, reitera o dirigente.

Knebel comunica que a direção gastou mais de R$ 30 mil com reformas e serviços de engenharia, tudo para adaptar a nova planta do prédio às leis de prevenção a incêndios. “Tudo mudou após aquela tragédia da Kiss, em Santa Maria”, comenta. O último evento realizado no local foi o Carnaval infantil, em fevereiro.

Sobre a possível venda do imóvel localizado na esquina da av. Rio Branco com a rua Balduino Vier, Knebel confirma que a direção estima receber entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões pelo conjunto de prédios. “Mas queremos negociar. Esse valor pode ser menor, se o comprador aceitar uma permuta, e construir uma nova sede social onde hoje se localiza nossa sede campestre, no bairro Imigrantes.”

Nem todos os integrantes do clube são favoráveis à venda dos imóveis. Hoje, são 320 associados-veteranos e outros 180 sócios em dia. Uma sócia-aposentada, que ontem buscava informações sobre a interdição junto à sede social, cobra transparência na utilização dos valores previstos para essa negociação. De acordo com ela, parte desse recurso servirá para quitar dívidas.

Em abril do ano passado, o prédio quase foi a leilão em função de uma dívida trabalhista. Agora, o presidente garante que a maioria aprovou a proposta de vender a sede social, inaugurada em 1950. A assembleia ocorreu há poucas semanas. “A direção recebeu o aval para levar o negócio adiante. Todos os prédios estão à venda”, confirma.

Em abril de 2016 , prédios quase foram a leilão. Agora, direção pede R$ 4 milhões

Em abril de 2016 , prédios quase foram a leilão. Agora, direção pede R$ 4 milhões

“O prédio não está liberado”

Diferente da posição do presidente, a assessora jurídica do governo, Fernanda Goerck, afirma que as condições para reabertura do prédio ainda não foram atendidas pela direção do clube. “Aqui na prefeitura, não está tudo certo”, garante. A advogada confirma que a sede da entidade não tem Habite-se e tampouco o Alvará Sanitário.

Ainda de acordo com Fernanda, a interdição do imóvel foi uma imposição do Ministério Público (MP) local. “Existem vários expedientes, desde 2013, cobrando adequações ao clube. O MP pressionou para não liberarmos eventos. E, após o Carnaval, deu o ultimato: ou interditávamos, ou o inquérito civil se transformaria em uma ação civil pública contra o prefeito”, avalia.

A interdição não é uma novidade. Em março de 2015, o baile de Carnaval infantil do clube não foi autorizado pelo Corpo de Bombeiros de Estrela. De acordo com a BM, em uma inspeção feita pelos soldados, as instalações do clube não foram aprovadas e o espaço foi interditado. Na época, também foi apontada a ausência do PPCI, e o prédio só foi reaberto em novembro.

70 anos do clube

Em abril, a Sociedade Rio Branco completa 70 anos. A agremiação foi fundada em 17 de abril de 1947, sob a denominação de Sport Club Rio Branco, com o único intuito: a prática do futebol. A fundação ocorreu na antiga Casa Comercial de Leopoldo Beckmann, na av. Rio Branco, número 1149, local que servia de sede para as reuniões.

Os principais responsáveis pela fundação do clube foram Max H. Eriichsen, Osvaldo Alfredo Mallmann, Carlos Erichsen e outros. Em 1950, foi inaugurada a sede do clube, que naquela década passou a denominar-se Sociedade Rio Branco. Na década de 1960, o imóvel foi comprado.

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