As contusões e os estiramentos musculares são responsáveis por 90% das lesões no esporte. Manifestam-se com impotência funcional, dor local, inchaço e hematoma. Fatores como fadiga muscular, estresse psicológico, tempo frio, intensidade de treinos acima do habitual ou até erros de treinamento podem levar ao trauma. Segundo o ortopedista Jamil Barghouti, as lesões musculares no esporte são classificadas em três fases
Tratamento
Na maioria dos casos, o tratamento é conservador. De imediato, deve ser instituído o chamado Protocolo Price, lembra o médico
Dor
Enquanto houver dor, o médico aconselha o uso de analgésico. “Os anti-inflamatórios são usados por pouco tempo, no máximo dois dias, pois atrapalham a formação de tecido cicatricial”, explica. O retorno ao esporte depende da remissão dos sintomas.
Atenção
O atleta deve ser capaz de usar, sem a dor, o grupamento muscular lesionado para as atividades mais básicas. “Ao retornar às suas atividades desportivas, de maneira progressiva, o atleta deve ser supervisionado pelo seu terapeuta físico e/ou treinador.”
Destruição
Momento inicial da lesão, quando se tem necrose, inflamação e formação de hematoma no tecido lesado
Reparação
Ocorre a formação de um tecido cicatricial e de novos vasos sanguíneos no tecido lesado
Remodelamento
A fase começa quando ocorre a maturação do tecido cicatricial e a restauração da capacidade funcional do músculo
Diagnóstico
Conforme o ortopedista, a análise do problema é realizada em consultório clínico. “Baseamos o diagnóstico em uma história e exame físico sugestivos. Nos casos duvidosos ou quando é necessário ter uma noção mais exata do grau de lesão muscular, podem ser usados exames complementares, como o ultrassom e a ressonância nuclear magnética
O que é Price
Protection: proteção
Rest: repouso
Ice: gelo ou crioterapia
Compression: compressão local e enfaixamento
Elevation: elevação do membro acometido, que deve ser mantido nos primeiros 3 a 7 dias