Veto do conselho desencadeia mal-estar

Lajeadense

Veto do conselho desencadeia mal-estar

Empréstimo de R$ 900 mil para quitar contas atrasadas foi rejeitado por unanimidade

Veto do conselho desencadeia mal-estar
Lajeado
oktober-2024

A decisão dos conselheiros do clube de rejeitar a proposta da presidência de penhorar patrimônio do Alviazul provoca um impasse. Para o gestor do Lajeadense, Everton Giovanella, a determinação inviabiliza a continuidade do time profissional no segundo semestre. “Pedi um apoio para a gente viabilizar algo mais além, não foi possível, vou cuidar da minha gestão que acaba em junho, falta algum valor e vou atrás disso.”

Segundo ele, a rejeição do projeto é o primeiro passo para o clube fechar as portas. “A gente deu na terça-feira a primeira volta na chave que fecha o clube, falta só mais uma.” Sobre a continuidade dos trabalhos até encerrar o mandato, Giovanella garante que permanecerá até o fim, em virtude dos patrocinadores que ajudam o clube na Divisão de Acesso. “Já que me sinto abandonado na presidência, não posso fazer isso com eles (patrocinadores) agora.”

Indagado sobre quem poderia ser o sucessor, o mandatário foi enfático. “Se não tiver candidato, o conselho assume.” Giovanella relata que na segunda-feira a diretoria se reunirá e logo após será concedida uma entrevista coletiva.

A decisão

O Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, diretoria e ex-presidentes do Lajeadense se reuniram nessa terça-feira à noite para definir se aceitavam a proposta de empréstimo para quitar contas atrasadas, em troca de penhorar os bens pelos próximos três anos. A proposta foi rejeitada por unanimidade pelos conselheiros.

No encontro, o presidente apresentou documentos que mostram o balanço financeiro do clube nos últimos anos.

Com base nesses dados, os conselheiros reprovaram a proposta, idealizada por Nilson Giovanella. Ele abandonou o cargo de vice-presidente do clube nesta semana. O empréstimo seria feito dentro da legalidade, por ele, com valor de R$ 900 mil.

Conselho Deliberativo tem novo presidente

Responsável pelo Conselho Deliberativo, o advogado Ney Fensterseifer renunciou ao cargo ao fim da reunião, deixando assim sob os cuidados do vice Rodrigo Sivinski. No início de abril, ocorre uma reunião para definir um novo vice-presidente. Segundo Sivinski, alguns nomes estão sendo convidados, dentre eles, o jornalista José Roberto Gasparotto.

“A gente está vendo nomes, mas não temos que nos preocupar tanto agora com algum nome, pois temos o desafio de jogar a segundona e conseguir os recursos que precisamos para fechar o campeonato.”

“Sabemos que a direção tentou de tudo, talvez agora é a hora do conselho dar uma mão.”

Novo presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Sivinski fala sobre os próximos planos e sobre as dívidas do clube.

Jornal A Hora – Frente ao quadro atual do Lajeadense, como o conselho pretende atuar? Quais os planos para reverter essa situação?

Rodrigo Sivinski – Na reunião de ontem (terça), foram firmadas algumas comissões. Uma é formada pelo Dr. Neidemar Fachinetto, mais os advogados Danrlei Christ e Ney Fensterseifer. Eles se responsabilizarão pelas dívidas trabalhistas. Vão entrar em contato com os advogados das atletas e analisar o que podem fazer. Outra frente é formada por Claudir Dullius que vai dar uma passada no clube para ver o que pode ser feito para contenção de despesas. Todos os outros conselheiros se comprometeram para a busca de patrocínios e sócios.

Como lidar com a perda de patrocínio devido à queda do ano passado?

Sivinski – É difícil, alguns contratos já foram firmados há mais tempo, outros a gente tem só para segundona. Outros têm o compromisso até o fim do ano. É complicado, temos que buscar outras alternativas. Sabemos que a direção tentou de tudo, talvez agora é a hora do conselho dar uma mão.

A decisão desta semana, de rejeitar a proposta de penhorar a Arena Alviazul, traz um impasse com a atual direção. Tendo em vista que o mandato de Giovanella encerra em junho, o conselho tem algum nome prioritário para assumir a gestão do clube?

Sivinski – A gente está vendo nomes, mas não temos que nos preocupar tanto agora com algum nome, pois temos o desafio de jogar a segundona e conseguir os recursos que precisamos para fechar o campeonato. Depois do meio do ano, vamos ver como proceder. Se não tiver presidente e uma comissão ter que pegar o clube. Mas como disse, não podemos nos preocupar muito com o meio do ano, temos que nos preocupar com o agora. Vamos tentar atacar o valor que precisamos para acabar o semestre sem ficar no vermelho.

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