Mordaça estampa  protesto contra violência

Teutônia

Mordaça estampa protesto contra violência

Palestras e intervenção marcam Semana da Mulher

Mordaça estampa  protesto contra violência
Teutônia

Com os índices de ameaça, lesão corporal, estupro e assassinato de mulheres atenuados, grupo de mulheres organizam uma semana de conscientização.

Várias atividades ssão desenvolvidas para provocar e questionar o modelo de sociedade patriarcal. Entidades de classe atuam em conjunto na sequência de ações.

Emater, câmara de vereadores, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), administração municipal e Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) organizaram uma programação especial na cidade.

A 1ª Semana da Mulher iniciou no sábado, 4, com intervenção nos bairros Languiru e Canabarro. Amordaçado, um grupo de mulheres realizou blitze segurando faixas e cartazes em preto. Frases buscavam igualdade: “A praça é pública, meu corpo não”, dizia um dos cartazes.

A extensionista rural/social da Emater, Ana Cândida Escandiel Jordani Barths, 34, é um das idealizadoras. Para ela, o período alusivo ao Dia Internacional da Mulher deve ir além da celebração. “Decidimos trabalhar com o foco na violência contra a mulher. Existe uma realidade presente e maquiada.”

Segundo a Secretaria de Segurança do Estado, só em 2016, foram 22,5 mil casos de lesão corporal contra mulheres, 1.425 estupros, 263 tentativas de assassinatos e 96 assassinatos de mulheres, também chamados de feminicídios. Ao todo, 41.118 mulheres sofreram violência de alguma maneira em 2016, conforme o que foi registrado.

A estudante de Pedagogia, Rosemary Schweig, participou das intervenções denunciando a romantização da violência, impactando tanto na rua quanto nas redes sociais.

O grupo foi às escolas 24 de Maio e Leopoldo Klepker e mostrou dados de feminicídio, explicando a evolução da violência, desde as pequenas até os desfechos trágicos. “Precisamos desconstruir essa ideia de que as mulheres são submissas.”

A comerciante Letícia Abreu Gomes,afirma que conseguiram apoio de muitas mulheres, mas tiveram algumas reações negativas, todas de homens. “Frases machistas, que já estamos acostumadas, mas acho que, diante da positiva repercussão e sensibilização que houve, elas são insignificantes.”

Palestras nas escolas: violência contra mulher

Amanhã

14h – Bate-papo na Major Bandeira
Tema: Mulheres rurais: espaço, representatividade, conquista de direitos e enfrentamento a violência
19h – 6ª edição do evento alusivo ao Dia da Mulher, palestra e desfile de moda

Quinta-feira

18h30min – Participação na câmara de vereadores
Tema: O que é rede de enfrentamento à violência contra a mulher? De que forma e por que devemos promover o seu fortalecimento em nosso município?

Sexta-feira

19h – Encerramento
Mesa redonda: Mulheres por elas mesmas. Panorama da condição feminina em Teutônia. Como fortalecer a rede de enfrentamento à violência de gênero?

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