O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pretende completar neste ano o cadastramento biométricos de eleitores de 97 cidades gaúchas, sendo sete na região. Ao todo, 287 mil eleitores são esperados para o procedimento em todo o RS.
Os recadastramentos começam na próxima segunda-feira, 6, em Taquari, Roca Sales, Cruzeiro do Sul e Westfália.
Em Teutônia, os dados começam a ser coletados no dia 17 de abril. Estrela e Lajeado ainda não têm data definida.
Os eleitores devem comparecer aos cartórios eleitorais munidos de documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho, CNH), comprovante de endereço, título eleitoral e CPF. Homens acima de 18 anos também precisam apresentar o comprovante de quitação com o Serviço Militar.
Eles terão as digitais e foto colhidas pelos servidores dos cartórios no momento do cadastro. Em dias de eleição, aqueles que passaram pelo procedimento terão a urna liberada para votar após a leitura das impressões digitais.
Quem não fizer o cadastro no prazo estipulado terá o título cancelado. O período mais curto foi estipulado para Westfália, onde os eleitores têm até o dia 11 de abril para realizar o procedimento.
Em Roca Sales, o prazo vence no dia 26 de julho e em Cruzeiro do Sul, no dia 11 de outubro. Eleitores de Teutônia e Taquari terão até 2018 para se recadastrar.
Os prazos nos dois municípios encerram, respectivamente, em 31 de janeiro e 14 de março do ano que vem.
No RS, a revisão foi concluída em 326 cidades. A previsão do TRE é de encerrar o recadastramento biométrico de todos os 497 municípios gaúchos até as eleições de 2022.
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Cadastros completos
As eleições do ano passado foram a segunda nas quais os eleitores da região utilizaram o sistema biométrico. Em Canudos do Vale, Forquetinha, Marques de Souza, Progresso, Santa Clara do Sul e Sério, todos os eleitores realizaram o cadastro.
Em Lajeado, 12.224 dos mais de 58 mil eleitores votaram por meio do sistema biométrico. Os demais seguiram o procedimento normal. Em Estrela, 4.176 dos mais de 25 mil eleitores já estão cadastrados na biometria.
Sistema contra fraudes
Iniciado em 2013, o recadastramento biométrico dos eleitores gaúchos visa ampliar os mecanismos de combate a fraudes durante as votações. Para a Justiça Eleitoral, a identificação por meio das digitais inviabiliza casos em que uma pessoa tenta se passar por outra no pleito.
Em 2014, quando o sistema foi testado pela primeira vez na região, houve problemas para identificar as digitais de trabalhadores rurais, pessoas idosas e outros eleitores com machucados ou calos nos dedos.
Naquele ano, eram realizadas oito tentativas de leitura antes de ser permitida a votação por meio da checagem dos documentos. A medida gerou grandes filas e atrasou a votação em vários colégios eleitorais. Em 2016, o número de verificações foi reduzido para quatro.
