Exposição ilustra a história do samba

Estrela

Exposição ilustra a história do samba

Acervo da cultura brasileira pode ser visto até dia 3

Exposição ilustra a história do samba
Estrela

No Centro de Cultura e Turismo Bertholdo Gausmann, uma mostra atrai a atenção de apreciadores do samba. A Exposição 100 anos do Samba, realizada pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), pode ser conferida até o dia 3 de março.

O espaço localizado na rua Marechal Floriano, 433, pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h.

A mostra conta a história do samba, desde as misturas de musicais de origem africana e brasileira, até os principais estilos, instrumentos, cantores e compositores. A historiadora Letícia Oliveira de Oliveira acompanha os visitantes em uma incursão histórica.

Começa em 1916, um ano bissexto do século XX, quando Ernesto dos Santos, o “Donga”, e o jornalista Mauro de Almeida compuseram Pelo Telefone. A canção se tornou o primeiro samba gravado no Brasil, alcançou sucesso e contribuiu para a popularização do gênero.

Destaca também o papel das mulheres na história do samba, como a Madrinha Eunice, a primeira a presidir uma escola de samba, a Lava Pés, de São Paulo, e Tia Ciata, que contribuiu para que o ritmo resistisse ao longo do tempo, principalmente nos anos 40, quando esteve ameaçado de extinção. “Era na casa de mulheres como Tia Ciata que o samba acontecia, e por isso elas foram fundamentais para a sua continuidade.”

A cada quadro, a história de alguns dos melhores sambistas como Elza Soares, Beth Carvalho, Clara Nunes, Alcione, Clementina de Jesus e Leci Brandão mostra a força das mulheres e a importância que tiveram para consolidação da cultura.

Samba de roda, enredo, de gafieira e tantos outros tipos igualmente estão entre as explanações. Destaque para o Cartola de Noel Rosa, Jorge Aragão, Bezerra da Silva, Jorge Ben Jor e Lupicínio Rodrigues, o maior expoente gaúcho.

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Conhecer culturas

Para Letícia, é preciso conhecer a cultura em que se está inserido. “A gente precisa respeitar em primeiro lugar. Eu posso não gostar de funk, de sertanejo, mas preciso entender que isso é considerado cultura de alguém.”

Nada melhor do que, em época de Carnaval, aprender um pouco de história. Segundo a historiadora, o Brasil é conhecido como país do samba, mas muitas vezes os próprios brasileiros falam do Carnaval de forma pejorativa e descartável. “O Carnaval não é mais a figura da mulher pelada, como objeto de desejo, mas alegria, celebração. Temos que quebrar alguns paradigmas e preconceitos.”

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