Mais de 12 mil agricultores protestam contra reforma

Vale do Taquari

Mais de 12 mil agricultores protestam contra reforma

Cerca de mil agricultores da região participaram ontem do protesto contra a Reforma da Previdência, em Santa Cruz do Sul. Ao todo, 12 mil pessoas estiveram no ato. Os manifestantes fizeram uma caminhada pelas agências dos bancos Sicredi, Banrisul, Banco…

Mais de 12 mil agricultores protestam contra reforma
Vale do Taquari

Cerca de mil agricultores da região participaram ontem do protesto contra a Reforma da Previdência, em Santa Cruz do Sul. Ao todo, 12 mil pessoas estiveram no ato.

Os manifestantes fizeram uma caminhada pelas agências dos bancos Sicredi, Banrisul, Banco do Brasil, Caixa Econômica, INSS e Receita Federal. Em cada prédio, a comitiva entregou documentos contra a alteração no sistema previdenciário proposto pelo governo federal.

De acordo com o assessor regional dos Sindicatos dos Trabalhadores do Vale do Taquari, Nilo Schneider, o objetivo é angariar apoio junto a essas instituições. “Queremos que eles sejam parceiros na nossa luta.”

Além da Reforma da Previdência, o grupo apresentou outras reivindicações, especialmente nos bancos. “Os gerentes regionais dos bancos podem intervir em nível federal na liberação de recursos como no Plano Safra, Crédito Habitacional, que está atrasado.”

Amanhã, os agricultores fazem um novo protesto em Santa Rosa.

Dificuldades do governo

Desde que foi anunciada, a Reforma da Previdência sofre resistência de sindicatos e outros setores da sociedade. De acordo com o deputado Heitor Schuch (PSB), integrante da comissão especial que avalia o texto, a aprovação do projeto deixou de ser uma certeza para o governo. “Muitos deputados que antes votavam com o governo agora demonstram deixar de apoiar de maneira incondicional.”

Schuch avalia que a perda de apoio decorre da proximidade das eleições gerais de 2018. “Os deputados querem se reeleger e não querem desgaste com suas bases.” O parlamentar cita o caso de Júlio Lopes (PP/RJ), antigo aliado do governo Temer, que agora começa a dar sinais de saída.

O desejo de Schuch é que sejam cumpridas todas as etapas do regimento interno para votação do projeto no plenário. “Temos no mínimo dez e no máximo 40 sessões para mandar a reforma à votação. Quero ouvir todos os setores interessados antes de mandar o texto para apreciação.”

Caso a vontade do deputado seja atendida, a reforma não deve ser votada antes de junho. Para Schuch, o fato de a base do governo estar ficando cada vez mais fragmentada colabora para que se tenha mais tempo de discussão. “Já não é mais uma base tão unida quanto era antes.” Mesmo assim, os parlamentares pró-governo ainda são maioria na Casa e nas comissões.

Acompanhe
nossas
redes sociais