Apante pede ajuda para continuar trabalhos

Teutônia

Apante pede ajuda para continuar trabalhos

Sem apoio do governo, voluntários pedem ajuda

Apante pede ajuda para continuar trabalhos
Teutônia
oktober-2024

A Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante) encontra dificuldades para manter os serviços. Seis voluntários cuidam de 32 animais em lares temporários sem receber ajuda pública. O recurso para compra de parte da ração vem de atividades como a venda de camisetas e brechós solidários. O município não repassa verba e atribui o controle de Zoonoses à Vigilância Sanitária (Visa). A instituição de saúde pediu apoio da administração passada para implantar programa de atendimento aos animais.

Desde o semestre passado, a Apante acumula R$ 2,4 mil em dívidas com uma clínica veterinária de Cruzeiro do Sul e outros R$ 900 em Teutônia. A despesa se deve às cirurgias e eutanásia de animais atropelados, ou doentes terminais. Os cães abandonados são recolhidos e castrados. O procedimento na rede particular custa R$ 240, sem os medicamentos pós-operatórios, conta a presidente da associação, Neide Jaqueline Schwarz.

Proteger os animais é outra atividade que tem desgastado os voluntários. Eles registram 13 denúncias de maus tratos e muitas ocorrem fora do horário de expediente. Neide foi chamada às 21h para salvar um cão que estava sendo espancado pelo dono. “Liguei para a Brigada Militar, para saber se poderiam me acompanhar. Eles ajudam quando podem, mas disseram que tinham coisas mais importantes. Tive de deixar. Não posso ir sozinha”.

O Corpo de Bombeiros Voluntários ajuda no transporte de cães atropelados.

Infraestrutura precária limita trabalho

A vigilância elaborou programa para controle de zoonoses e encaminhou à gestão passada. O cerne da iniciativa era uma unidade móvel de castração. Para isso seria necessário um veículo adaptado, um veterinário, motorista e servidor auxiliar.

Todos deveriam ser preparados para o manejo de animais. Coordenador da Visa, Nelson Lameiro Cardoso, trouxe a ideia da Argentina. “É o meio mais eficaz que se conhece para reduzir a população de cães nas ruas”.

A vigilância não recebeu a infraestrutura solicitada para aplicar ao projeto. O controle à raiva é o único serviço dentro do proposto que funciona por meio da vacinação de animais.

Diante do aumento na população de cães de rua, o programa será apresentado ao Executivo. Conforme secretário do Meio Ambiente, Gilson Hollmann, o material será avaliado e entrará na lista de estudo de viabilidade, mas sem previsão para ser posto em prática.

Lar de Passagem é sugestão

Durante o pleito eleitoral, a Apante recebeu a promessa de receber um hectare de terra. Na área, localizada no Centro Administrativo, seria construído um Lar de Passagem para animais. A presidente da associação, Neide Jaqueline Schawarz, sugeriu ao Executivo a construção de um Lar de Passagem. “Evitamos o termo canil. Se é pra jogar em um lugar e só dar comida, como em presídio, prefiro tratar na rua mesmo”.

A ideia é construir baias para manter os animais soltos. O Governo afirma que é necessário fazer estudo. O documento está com a responsável pelo Meio Ambiente Priscila Cavalleri e não tem prazo para resposta.

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