Catadores recebem protótipo de carrinho

Lajeado

Catadores recebem protótipo de carrinho

Equipamento projetado por alunos da Univates dá mais conforto para trabalhadores

Catadores recebem protótipo de carrinho
Lajeado
oktober-2024

Será entregue hoje o protótipo do novo modelo de carrinho para catadores de lixo de Lajeado. O projeto é de autoria dos estudantes de engenharia da Univates, que buscaram dar mais segurança e conforto para os profissionais. A proposta surgiu como um projeto de extensão da universidade intitulado Dimensionamento de Veículo para Catadores de Materiais Recicláveis.

O coordenador do projeto, professor Carlos Lagemann conta que a proposta surgiu em 20015 como forma de aproximar o curso da comunidade. “Da observação do trabalho sacrificado dos catadores veio a vontade de ajudar.” O novo carro terá uma roda a mais para equilibrar o peso da carga e será pintado na cor amarela, medida adotada para dar mais segurança no trânsito.

O professor lembra da dificuldade do curso em se inserir na comunidade. “O projeto de extensão é um elo entre alunos, professores e comunidade. Cursos de engenharia tem uma dificuldade maior de cumprir seu papel social.”

No encontro de hoje serão entregues os desenhos do protótipo para representantes da Associação de Catadores Sepé Tiarajú. Segundo Lagemann, a montagem é de fácil acesso e pode ser feita pelos próprios catadores. “Sempre optamos por materiais simples e baratos, fáceis de soldar, para ter um custo baixo.”

Cada carrinho custa em média R$ 1 mil se for montado apenas com materiais novos. Porém, se forem utilizados produtos reciclados esse valor cai para aproximadamente R$ 600.

Trabalho fundamental

Presidente da Associação de Catadores Sepé Tiaraju, Aurélio Soldateli elogia o trabalho desenvolvido dentro da universidade. “O trabalho do pessoal da engenharia tem valor, é um projeto bacana.”

Soldateli reclama da falta de valorização do trabalho desenvolvido pelos catadores. “São poucas as pessoas que os reconhecem como elementos fundamentais e que contribuem para qualquer município do Brasil.” Ele aponta a necessidade dos governos mudarem a postura sobre os trabalhadores. “Esse reconhecimento dos órgãos públicos é zero. E tem muito dinheiro para fazer um bom trabalho com os catadores.”

Soldateli chama atenção para a necessidade da sociedade compreender a importância dos catadores. “Eles precisam ser vistos como pessoas e como prestadores de serviço para o município.”

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