Polícia aponta sócio e mais três  suspeitos de matar empresário

Estrela

Polícia aponta sócio e mais três suspeitos de matar empresário

Jonas Vieira, 31, foi assassinado com golpes de barra de ferro

Polícia aponta sócio e mais três  suspeitos de matar empresário
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A Polícia Civil acredita ter desvendado o homicídio do empresário Jonas Vieira, 31. Ele foi morto com golpes de barra de ferro na noite do dia 29 de janeiro. Três pessoas foram presas, apontadas pela autoria do crime. Um quarto envolvido foi identificado. Entre os presos está o sócio de Vieira, Jonathan Frühauf.

De acordo com o delegado José Romaci Reis, o namorado de Frühauf, Jéferson Vieira, foi quem arquitetou o crime. Natural de São Gabriel, ele teria contatado um tio e um conhecido para pôr o plano em prática.

Conforme Reis, o homicídio começou a ser solucionado após ouvir vizinhos de Frühauf. Eles alertaram para a presença de pessoas estranhas naquela semana.

“Verificamos que eles estavam com um carro Monza e descobrimos ser o mesmo veículo que chegou à empresa na noite de domingo”, relata. Segundo ele, o rastreamento das imagens de câmeras foi fundamental à elucidação do caso.

Conforme Reis, a vítima chegou na empresa às 20h36min, dez minutos antes de Frühalf e quinze minutos antes do Monza. Às 21h07min o automóvel sai da sede da empresa em direção à Estrela e às 21h41min aparece em imagens no pedágio de Cruzeiro do Sul. “Foram até o local, mataram a vítima, arrancaram os equipamentos de vídeo, depois foram até a casa onde estavam, tomaram banho, trocaram de roupa, e seguiram para São Gabriel.”

O contato com a delegacia de São Gabriel ajudou a reconhecer o veículo usado no crime. Segundo Reis, policiais da cidade fotografaram o Monza no pátio da casa de um dos suspeitos e ajudaram na identificação dos autores.

Dinheiro e desavenças

Para o delegado, o crime foi motivado por desavenças entre os sócios e por questões financeiras. Relata que o namorado de Frühalf tinha um “ciúmes doentio” e já teria ameaçado Vieira de morte.

Segundo Reis, a vítima tinha uma empresa em nome do sócio. Com a morte de Vieira, o patrimônio e o dinheiro ficariam com Frühalf.

Conforme o delegado, além da brutalidade, a ação chamou atenção pelo amadorismo. “Não tinham arma, por isso usaram barra de ferro.” Os outros dois suspeitos de São Gabriel têm passagem pela polícia. Um deles por tráfico e o outro por furto e estelionato.

Suspeitos foram presos na manhã de ontem. Um quarto envolvido foi identificado

Suspeitos foram presos na manhã de ontem. Um quarto envolvido foi identificado

Falsa reunião

Reis não tem dúvida sobre a participação de Frühalf. Segundo o delegado, o sócio atraiu a vítima para o local do assassinato. O delegado afirma que a reunião entre os sócios havia sido marcada primeiro para a quinta-feira, data em que os dois suspeitos de São Gabriel chegaram em Estrela. Durante os depoimentos, o sócio também teria entrado em contradição quanto ao tempo da reunião e outros detalhes.

“Essa história dele ficar amarrado por três horas com um filme plástico não faz sentido”, ressalta. No dia seguinte ao crime os policiais encontraram roupas manchadas com o que parecia ser sangue. O material foi encaminhado para perícia.

A polícia tem dez dias para concluir o inquérito. Os quatro suspeitos serão indiciados por homicídio doloso.

Família enlutada

Mãe da vítima, Giselda Fátima Schossler demorou para acreditar no envolvimento de Frühalf. Segundo ela, o suspeito tinha uma relação próxima com a família e costumava frequentar o mercado do qual é proprietária. “Estou muito chocada, porque jamais desconfiei.”

Conforme Giselda, Frühalf estava com problemas financeiros e pedia um empréstimo à Vieira desde dezembro. “Acredito que eles (Jéferson e Frühalf) tinham ciúmes e inveja do sucesso do meu filho.”

De acordo com a mãe da vítima, Vieira era um filho amoroso que fazia visitas diárias e ajudava a família sempre que necessário. Desde o assassinato, iniciou tratamento psicológico. “Tenho recebido muito apoio dos amigos.”

“Temos que ficar fortes por causa dos meus netos”, alega. Segundo Giselda, a esposa de Vieira ainda está em estado de choque pelo ocorrido e os filhos pedem pela presença do pai todos os dias.

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