Produtores organizam atos contra reforma

Teutônia

Produtores organizam atos contra reforma

Primeira ação ocorre no dia 21, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul

Produtores organizam atos contra reforma
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Líderes sindicais organizam protestos para manter direitos dos agricultores. O primeiro ato ocorre no dia 21 de fevereiro, em Santa Cruz do Sul, no Parque da Oktoberfest. Conforme coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Luciano Carminatti, serão 20 ônibus destinados ao protesto. A expectativa é que 10 mil pessoas participem da manifestação.

Até o dia 23, data do segundo ato, em Santa Rosa, o grupo planeja ocupar áreas públicas. O mesmo deve ocorrer no dia 24. Carminatti afirma que a mobilização deve atrair atenção dos políticos para a insatisfação dos produtores sobre a proposta do governo Temer. A reforma previdenciária propõe o aumento no tempo de contribuição, de 15 para 25 anos e idade mínima de 65 anos para ter direito a aposentadoria.

As mulheres com 45 anos terão o acréscimo de mais 20 e os homens com 50 anos terão 50% em relação ao que falta para se aposentar. O Vale do Taquari registra cerca de 30 mil produtores rurais, sendo 11 mil ligados e em dia com sindicatos. Carminatti presume que, se 300 aposentados deixarem de receber o benefício, os municípios podem ter impacto médio de R$ 30 milhões em dez anos.

O valor da contribuição é outro fator em discussão. Hoje os produtores repassam 2,1% sobre a produção para a seguridade social. A mudança eleva para 10% e pode acarretar um impacto econômico de R$ 20 milhões, afirma o coordenador regional.

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Reforma preocupa

A reforma previdenciária do presidente Michel Temer é apontada como única forma de conter despesas no país. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e deve seguir ao Senado. Apenas os militares das forças armadas estão fora da lista de atingidos pelo plano. Para Carminatti, outras medidas poderiam ser adotadas visando a economicidade, como a redução de incentivos à grandes empresas e aumento da fiscalização sobre a sonegação de impostos.

A generalização da mudança tende a causar efeito negativo sobre o setor primário. A atividade agrícola já sobre com a oscilação climática e até importação. Ele afirma que a reforma desmotiva os trabalhadores. “Da maneira que está sendo construída, inviabiliza muitos setores. Causa êxodo rural e incentiva as pessoas a deixarem de contribuir. Pequenos agricultores cairão na assistência social. É um grande erro”.

 

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