A disputa por pontos de tráfico de drogas tem ficado cada vez mais sangrenta de acordo com a Polícia Civil (PC) de Lajeado. Na última semana, três homens envolvidos com venda de entorpecentes foram mortos. O último caso ocorreu na madrugada de sábado, com a morte de Adriano Luís da Silva, 32, conhecido como Adrianinho.
Por volta da 1h30min, moradores do bairro Conservas escutaram disparos, mas a Brigada Militar (BM) foi acionada apenas às 7h. Os policiais não tiveram dificuldades de encontrar o corpo de Adrianinho, que estava em um matagal na rua Guilhermina Büker. O local fica em um trecho mais afastado da área residencial do bairro.
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Juliano Stobbe, as investigações apontam para mais um crime motivado pela briga por pontos de venda de drogas. Entre os indícios apontados pelo delegado está o fato de Adrianinho já ter sido preso por tráfico e manter ligações com antigos companheiros. “Depois que saiu da cadeia, ele voltou para a mesma residência onde foi preso e seguia convivendo com as mesmas pessoas.”
No corpo da vítima foram encontradas marcas de pistola calibre 9mm, uma arma de uso restrito das forças armadas e da Polícia Federal (PF). Stobbe se mostra preocupado com o crescimento no número de assassinatos.
“A violência está bem maior, apenas na semana passada tivemos três mortes.” O delegado se refere às mortes de Marcos José Soares, 36, e André Fernando Klauck, 36, assassinados na terça-feira, 31. O primeiro era irmão de Cristiano, conhecido como Bilé, traficante que sofreu diversas tentativas de assassinato até ser preso em janeiro.
Os suspeitos dos crime foram presos menos de 36 horas depois do crime no bairro Universitário em uma operação conjunta da PC e BM. Para Stobbe, o crescimento da violência nas disputas tem ligação com a presença de gangues na região, mas também com situações pessoais. “Essas mortes estão mais frequentes não apenas pela intensidade nas disputas, mas também por outros fatores, como rixas pessoais entre os envolvidos.”