Falta de bombeiros limita atendimento

Vale do Taquari

Falta de bombeiros limita atendimento

Base de Encantado precisa ampliar o número de servidores para manter o serviço

Falta de bombeiros limita atendimento

A defasagem de servidores ameaça o trabalho dos bombeiros na região. Depois de Estrela fechar as portas por dez dias, devido à falta de efetivo e corte de horas extras, o Corpo de Bombeiros Misto de Encantado é afetado.
Mantido pela Associação Mantenedora do Corpo de Bombeiros da Região Alta do Vale do Taquari (Ambravat) e 6º Comando Regional de Bombeiros, o órgão tem sete bombeiros civis – o último contratado em fevereiro, e outros dois no fim do ano passado.
Há cerca de dois meses, também conta com o reforço diário de um militar de Santa Cruz do Sul. Um total de oito servidores, que ainda não seriam o suficiente para atender a demanda dos sete municípios abrangidos pela base.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul, tenente-coronel Cesar Eduardo Bonfanti, há necessidade que pelo menos três bombeiros prestem serviço por dia, o que exigiria um efetivo total de 12 servidores.
“É o mínimo que o Estado exige, e também o necessário para não pagar hora extra. Hoje estamos mandando pessoal daqui para lá, mas não posso manter isso sempre.”

O Estado teria prometido contratar servidores permanentes, para o local, mas até agora não houve avanço nesse sentido.
Em busca de solução
O presidente da Ambravat, Rogério Pederiva, relata que, por mais de um ano, manteve apenas dois servidores diários – um civil e um militar.

O aumento do efetivo teria sido solicitado somente em agosto passado, quando a associação abriu edital para novos servidores.
Três foram contratados.

Agora, com a necessidade de ampliar o pessoal mais uma vez, ele busca alternativas. Pederiva afirma que um novo funcionário, com encargos, custaria cerca de R$ 5 mil mensais. “É mais barato que pagar horas extras. Mas mesmo assim é um custo alto.”
Na segunda-feira, ele se reuniu com os prefeitos das sete cidades atendidas, a fim de encontrar uma solução. Por enquanto, nada foi resolvido.“Eles ficaram surpresos. Alguns estão assumindo agora. Mas vamos ter que agir. Eu garanto que não vai fechar.”
Uma das alternativas seria aumentar o valor pago pelos municípios. Hoje, a associação cobra R$ 0,60 mensais por habitante. “Teríamos que conversar melhor.”
O pagamento dos atendimentos feitos nas ERS-129 e 130 também daria fôlego aos cofres da entidade. Há sete meses, os bombeiros mantêm convênio com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para atender essas rodovias.
Mas, desde então, não recebeu pelo serviço. Por mês, deveriam ser repassados R$ 15 mil. No total, já são devidos R$ 105 mil. “Disseram que travou por conta da burocracia, mas que vão começar a pagar neste mês.”

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Entraves na contratação

Pederiva relata que, além da verba, o problema se estende à falta de pessoas interessadas ou qualificadas para a vaga. Apenas três teriam se inscrito no último edital aberto pelo órgão. “O salário não é ruim, mas há muitas exigências.”
É necessário Carteira de Bombeiro, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) D e, de preferência, morar em Roca Sales, Muçum ou Encantado. Os interessados em concorrer a uma vaga podem procurar a Ambravat.

Estrela segue em dúvida

O Corpo de Bombeiros aguarda o repasse de horas extras até o dia 10. Caso seja repassada a mesma quantidade do mês passado, os bombeiros de Estrela devem fechar as portas mais uma vez.
“Já pedimos a mais. Mas se não vier, teremos que parar o serviço”, afirma Bonfanti. Em janeiro, a demanda foi repassada a Lajeado, que precisou atender seis ocorrências extras. Cinco foram de incêndios e uma de acidente de trânsito.

 

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