Como controlar o incontrolável

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Como controlar o incontrolável

Psicóloga questiona a razão para tanta intolerância racial, religiosa e de gênero no país

Como controlar o incontrolável
oktober-2024

Em um país multicultural como o Brasil, a intolerância soa como uma incoerência para especialistas em saúde mental, como a psicóloga Rebeca Katz.

Segundo ela, a inflexibilidade social é um mecanismo inconsciente que costuma ser utilizado como defesa. “Sempre que criticamos algo e nos voltamos a outra pessoa, estamos buscando mudar o foco.”
O preconceito racial, religioso e de gênero pode esconder aquilo que incomoda e não se compreende. “A falta de tolerância com as diferenças aponta uma dificuldade maior no intolerante do que no diferente”, lembra.
A ameaça ao bem-estar social se confirma nas notícias que se multiplicam. “Episódios ocorrem com frequência entre nossos próprios amigos e familiares.

Quando se comete crime contra homossexuais ou religiosos e até quando brigamos pelo direito de amor alheio.”
É preciso questionar a violência, defende a psicóloga.

“Quanto mais intolerantes formos com os outros, mais serão conosco. Temos que começar a discutir os padrões sociais.”
Para ela, os recentes crimes de ódio apontam que o Brasil pode não ser um país tão condescendente quanto parece. “Pode, sim, ser um país formado com base na intolerância em relação às suas misturas”, analisa.

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Filmes

Menino 23
As investigações do historiador Sidney Aguilar sobre tijolos marcados com a suástica nazista encontrados no interior do Brasil revelam a história de meninos órfãos e negros, vítimas de um projeto criminoso. Aloizio Silva, o menino 23, sobreviveu para contar.

Intolerância.doc
O que motiva os crimes de ódio e a intolerância dentro da sociedade brasileira? Essa pergunta, ainda sem resposta definitiva, ganha cada vez mais importância conforme novas notícias e acontecimentos surgem, provando que o Brasil pode não ser um país formado apesar de suas contradições e por causa de suas misturas, mas sim um país formado com base na intolerância em relação às suas misturas.

Meu Nome é Jacque
O filme conta a história de Jacqueline Rocha Côrtes. Uma mulher transsexual portadora do vírus da aids, que precisou e ainda precisa superar grandes obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível, quebrando paradigmas e rompendo preconceitos.

 

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