Coleta precisa de caminhão adaptado

Vale do Taquari

Coleta precisa de caminhão adaptado

Projeto de Sistemas de Resíduos Sólidos começa com improviso. Sem ter caminhão próprio para recolher lixo dos contêineres, metade dos municípios mantém equipamentos estocados. Em quatro cidades, recipientes foram colocados nas ruas, o que desagradou moradores. Segundo a comunidade, os depósitos temporários geram mau cheiro e atraem insetos e roedores. Empresa responsável pelo serviço alerta para risco de danos nos reservatórios em caso de forçar a coleta automatizada.

Coleta precisa de caminhão adaptado
oktober-2024

Os municípios do G8 enfrentam dificuldades para utilizar os 1,6 mil contêineres de lixo. Das oito cidades, quatro instalaram. Dessas, em Forquetinha e Canudos do Vale a coleta é improvisada. Em Cruzeiro do Sul e Boqueirão do Leão, as reclamações são maiores.
As empresas responsáveis não têm caminhões adequados para o recolhimento. Resíduos ficam depositados nos equipamentos. Moradores reclamam do mau cheiro e da proliferação de insetos e larvas.
Em Boqueirão do Leão, moradores consideram que o modelo adotado não é o ideal para o município. O caminhão não tem o mecanismo para despejo do material. “A equipe passa trabalho para virar e tirar as sacolas de lixo dentro dos contêineres. Sempre acaba ficando algum chorume no fundo provocando o mau cheiro”, comenta o empresário Taciel Schulz.
Na avaliação dele, o ideal seria remover um tampão que existe no fundo do equipamento para escorrer o líquido. “Na rua onde moro, tem apenas a lixeira para produtos orgânicos, que acaba sendo utilizada para o descarte do material reciclado.”
O ponto instalado também é questionado.

Muitos estão sobre as calçadas e dificultam a passagem dos pedestres. “Várias vezes tive de erguer as lixeiras tombadas. Não sei foi por vandalismo ou na retirada do lixo, mas isso fica feio para a imagem da cidade”, comenta o cabeleireiro Jair Furtado.
A formação de chorume e proliferação de insetos também ocorre em Cruzeiro do Sul. O tema já foi abordado pelo A Hora. Para resolver o problema, o Executivo esteve reunido com empresa responsável nesta semana.
Os gerentes operacional e administrativo, Ricardo Muradás e Gerson Lerdke, consideram que os equipamentos foram colocados de forma precipitada. “No ano passado, deixei claro que a empresa não possui equipamento para trabalhar com esse tipo de contêiner e que o melhor seria aguardar”, disse Muradás.
A empresa segue recolhendo o lixo de forma manual, como prevê o contrato. Como teste, passou a fazer a coleta automatizada, no entanto, os contêineres não são feitos do material mais indicado. Isso pode ocasionar danos nos recipientes.

Improviso

Em Forquetinha, 65 contêineres estão distribuídos nas ruas. Cerca de 35 ainda estão estocados no Parque de Máquinas. Conforme o governo, os demais serão instalados em breve.
A empresa precisa tombar para fazer a coleta manual. O processo não trouxe problemas para a comunidade. Conforme a balconista Daniela Hepp, 20, os contêineres não geram mau cheiro. “Às vezes eles ficam abertos. É o único problema. Mas eles são furados. então, não acumulam resíduos ou água.”
A administração não pretende fazer aditivos no contrato para automatizar o serviço. Segundo o secretário de Administração, Roberto Müller, o governo aguarda a aquisição de caminhão pelo G8.
Em Canudos do Vale, a situação é a mesma. Os contêineres estão nas ruas e ao recolhimento ocorre da mesma forma. O Executivo não recebeu reclamações quanto à presença de insetos ou chorume.

 

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Quatro cidades estocam contêineres

Das oito cidades, quatro estão cautelosas para fazer a instalação. Por falta de caminhão específico, os contêineres estão estocados nas prefeituras em Sério, Marques de Souza, Progresso e em Santa Clara do Sul.
Conforme o vice-prefeito de Sério, Paulinho Aroldi, o município prefere manter guardados até encontrar uma forma de fazer o uso adequado. “Não temos pressa. Vamos manter o sistema que usamos.” O município aguarda o projeto do G8 ficar estruturado para usar os recipientes. De acordo com ele, pelo projeto, deve vir um caminhão específico.
Em Santa Clara do Sul, os 290 contêineres recebidos continuam estocados. O município também aguarda estruturação do projeto para o uso. A mesma situação se repete em Progresso. Sem veículo específico, os equipamentos ficarão armazenados.
O prefeito de Marques de Souza, Edmilson Döor, chamou a equipe do G8 para explicar o funcionamento do projeto. Enquanto isso, todos os contêineres estão estocados no Parque de Máquinas. “Não participei das discussões. Soubemos que alguns municípios tiveram problemas e queremos ir com cautela.”

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