Em um mês, Lajeado tem cinco homicídios

Lajeado

Em um mês, Lajeado tem cinco homicídios

Acerto de contas entre facções envolvidas com o narcotráfico é apontado pela Polícia Civil como principal motivo para a violência na cidade. Nessa terça-feira, irmão de Bilé foi morto com tiros de fuzil.

Em um mês, Lajeado tem cinco homicídios

A Polícia Civil (PC) trabalha para encontrar os responsáveis por cinco homicídios cometidos só em janeiro deste ano. O último caso ocorreu no fim da tarde de terça-feira, na rua Borges de Medeiros, na região central conhecida por “Cantão do Sapo”.

Dois homens foram mortos com tiros de fuzil e de pistola 9mm. Para os investigadores, todas as mortes estão ligadas ao tráfico de drogas.
As duas vítimas desta semana tinham antecedentes criminais. Marcos José Soares, 36, conhecido como “Maninho”, já passou pela delegacia por crimes como tráfico de drogas, roubo e furto. O outro morto, André Fernando Klauck, 36, morador de Estrela e natural de Santa Catarina, também tinha passagens pelos mesmos delitos, todos cometidos no estado de origem.
Os dois foram mortos na mesma quadra onde, faz pouco mais de três semanas, em 9 de janeiro, outra dupla foi morta em um ataque de criminosos com fuzis e artefatos explosivos. Esse fato ocorreu na casa de Cristiano Mateus Soares, conhecido por “Bilé”, localizada na rua Marechal Deodoro, também no Cantão. Ele é irmão de Maninho, e sobreviveu ao atentado.
Morreram naquela ocasião, em circunstâncias ainda avaliadas pelos investigadores da PC, Alessandro Ribeiro, de apenas 17 anos, e Ethierry Roberto de Couto, de 21 anos. Eles estariam fazendo a segurança de Bilé, que já havia sofrido – desde dezembro de 2015 – quatro atentados semelhantes antes do ataque. O sobrevivente acabou preso por porte de arma restrita.
Um dia antes, na tarde de domingo, dia 8 de janeiro, outro homem havia sido morto no bairro Santo Antônio. Fabrício Júnior da Silva de Moura, 25, estava em uma praça na rua Eugênia Christ quando um homem se aproximou e disparou seis vezes. A vítima, baleada, correu. Durante a fuga, foi atropelada por um Peugeot Hatch, branco, que resgatou o atirador.
Para a polícia, Moura foi morto a mando do grupo comandado por Bilé, e o ataque com explosivos – que mataram Ribeiro e Couto –, bem como a morte do irmão dele e de Klauck foram cometidos por vingança. Diante da sequência de crimes, que podem envolver disputa entre facções criminosas com origem na Região Metropolitana, a Justiça encaminhou Bilé para presídio longe de Lajeado.

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Carro queimado em Taquari

 

Na manhã de ontem, pouco mais de 12 horas após a morte de Maninho e Klauck, um automóvel foi encontrado incendiado, por volta das 8h30min, na faixa de domínio da RSC-287, na localidade de Amoras, em Taquari. A Brigada Militar (BM) foi informada por populares. No local, próximo ao acesso à localidade de Fazenda Aurora, foi encontrado o automóvel.
Ele estava todo queimado. Até o momento, não foi possível a identificação. O que restou do veículo passará por análise do Instituto Geral de Perícias (IGP), que não chegou a realizar o trabalho na cena do crime dessa terça-feira, em Lajeado. Aparentemente, o carro parece se tratar de um automóvel Kia Cerato de cor prata, utilizado pelos criminosos que mataram Maninho e Klauck.

 

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